Assírio & Alvim
2006, 94 pp.
ISBN: 972-37-1112-7
www.assirio.com
António Mega Ferreira revela neste último trabalho o enorme interesse pela obra de Miguel de Cervantes «El ingenioso hidalgo Don Quijote de la Mancha, livro de livros e bíblia de pobres e ricos, como convém a uma obra de devoção».
O autor apresenta assim três ensaios sobre a «interpelação constante de um escritor a todos os escritores, ao considerar D.Quixote «um inesgotável manancial de descoberta e maravilha, de invenção e risco». O primeiro texto Dom Quixote ou a Lição de Literatura é uma versão desenvolvida da conferência que Mega Ferreira pronunciou no dia 26 de Abril de 2005, no Instituto Cervantes, em Lisboa, a propósito do quarto centenário da publicação da primeira parte do D. Quixote, que aconteceu em 1605. O segundo teve origem num convite para colaborar no número de Outono desse mesmo ano da revista Foro das Letras, publicação da Associação Portuguesa de Escritores-Juristas dirigida por António Osório, intitulado Notas sobre um Marginal, onde aborda algumas questões relativas ao estatuto social e político do fidalgo de La Mancha. O terceiro O Canto de Altisidora é inédito e ensaia uma aproximação pouca ortodoxa ao lugar de Dulcineia e de outras mulheres que povoam o texto de Cervantes nas fantasias eróticas do Engenhoso Fidalgo.
António Mega Ferreira é jornalista e escritor. Estudou Comunicação Social e é licenciado em Direito. Iniciou a sua carreira jornalística em 1968, no Comércio do Funchal, e tem colaborado em jornais como o Expresso. Fundou as revistas Ler, do Círculo de Leitores (de que foi director editorial) e Oceanos, da Comissão das Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Esteve ligado à Expo 98, ao assumir o cargo de presidente da Parque Expo até Março de 2002. Desde aí dedica-se em grande parte à escrita. É autor de ensaios (Graça Morais Linhas da Terra, 1984), obras de poesia (Os Princípios do Fim, Poemas de 1972-1992, 1992), literatura infantil (As Palavras Difíceis, 1991) e ficção (O Heliventilador de Resende, 1985, As Caixas Chinesas, 1988, e Os Nomes da Europa, 1994). Assina semanalmente uma crónica na revista Visão.