Bertrand Editora
2006, 316 pp.
ISBN: 972-25-1534-9
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Na velha oficina da família Lázaro está um cemitério de pianos que testemunha, ao longo do tempo, a história do próprio clã. A base do romance centra-se na história de Francisco Lázaro, o maratonista português que morreu ao quilómetro trinta nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo.
Na narrativa a morte dá lugar à vida numa constante renovação de gerações. Fala-se do amor, dos laços familiares, das ternuras e dos afectos.
«O tempo, conforme um muro, uma torre, qualquer construção, faz com que deixe de haver diferenças entre a verdade e a mentira. O tempo mistura a verdade com a mentira. Aquilo que aconteceu mistura-se com aquilo que eu quero que tenha acontecido e com aquilo que me contaram que aconteceu. A minha memória não é minha. A minha memória sou eu distorcido pelo tempo e misturado comigo próprio: com o meu medo, com a minha culpa, com o meu arrependimento».
José Luís Peixoto nasceu em 1974 em Galveias, Ponte de Sor. Recebeu o Prémio Jovens Criadores nos anos 97, 98 e 2000. Em 2001, o seu romance Nenhum Olhar recebeu o Prémio Literário José Saramago. Está representado em diversas antologias de prosa e de poesia nacionais e estrangeiras. É colaborador de diversas publicações nacionais e estrangeiras. Em 2005, escreveu as peças de teatro Anathema (estreada no Théâtre de la Bastille, Paris) e À Manhã (estreado no Teatro São Luiz, Lisboa). Os seus romances estão publicados em França, Itália, Bulgária, Turquia, Finlândia, Holanda, Espanha, República Checa, Croácia, Bielorrússia e Brasil. Estão actualmente em preparação edições no Reino Unido, Hungria e Japão.