Assírio & Alvim
2007, 234 pp.
ISBN: 978-972-37-0769-4
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Raul Rêgo aproveitou, em 1971, o quarto centenário do início do Processo de Damião de Goes, para fazer «a denúncia indirecta de um regime que se inspirava afinal na mesma matriz ideológica de violação das liberdades mais elementares, a começar pelas liberdades de consciência e de expressão», como escreve o autor do prefácio, António Reis.
«Aos nove dias do mês de Abril de mil quinhentos setenta e um anos, em Lisboa, nos Estaus, na Casa do Despacho da Santa Inquisição, estando aí o senhor doutor Simão de Sá Pereira, Inquisidor, mandou vir perante si a Damião de Goes, conteúdo nestes autos, preso no cárcere, e lhe deu juramento dos Santos Evangelhos, em que pôs sua mão. E prometeu dizer verdade».
Raul Rêgo nasceu em 1913. Foi jornalista, bibliófilo, democrata, humanista e Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano. Foi Director do diário República, Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa, ministro da Comunicação Social e fundador do Jornal A Luta. É autor de inúmeras obras entre as quais se destacam: Horizontes Fechados, Os Políticos e o Poder Económico, História da República Portuguesa e Violência Inútil.