Funchal
As flores, os frutos e a simpatia da sua gente são o seu cartão de visita. O Funchal é uma cidade cosmopolita, envolta em cores e transparências invulgares. Venha visitar a Madeira connosco
O Funchal é a capital da região autónoma da Madeira. Cidade debruçada sobre o mar, a sua história remonta à descoberta e povoamento da ilha, no século XV. O seu nome, esse deve-o à vegetação exuberante (o funcho, planta espontânea, de caule ramoso e pequenas flores amarelas) que cobria o vale onde se implantou o primitivo burgo.
Ao passearmos pelo centro histórico, não nos custa acreditar que por aqui tenha passeado a imperatriz Sissi da Áustria, quando a Madeira era já um destino de eleição da Europa romântica. Com o advento do grande turismo, a ilha (e, sobretudo, o Funchal) tornar-se-ia já no século XX num centro de férias e lazer dos mais procurados internacionalmente.
Eis-nos já junto à Sé, que ocupa um lugar único na arte portuguesa da época dos Descobrimentos. É um monumento de transição entre o gótico final e o renascimento. A capela-mor (com retábulo manuelino de pinturas sobre madeira e talha) e o cadeiral conservam-se ainda no seu lugar de origem.
Próximo da Sé, fica outro edifício de origem manuelina, a casa da Alfândega, hoje sede da Assembleia Legislativa Regional. Mais adiante, encontra-se o Palácio de S. Lourenço. Ampliado entre os finais do séc. XVI e os inícios do século XVII a partir de um baluarte joanino, foi residência dos governadores da Madeira.
Pela Rua da Alfândega, caminhando para leste, percorremos a antiga Rua dos Mercadores, cuja existência se comprova já em meados do século XV. Era, então, uma das principais ruas da «cidade do açúcar». Entramos seguidamente na «zona velha», com ruas de aspeto pitoresco.
A Rua de Santa Maria foi a primeira rua urbana aberta na ilha, por volta de 1430, chamando-se assim desde a sua origem. Chegaram até aos nossos dias várias edificações do século XVIII e elementos decorativos das fachadas que conferem a esta rua um interesse muito especial. Pelo caminho, aproveitamos para provar o delicioso bolo de mel da Madeira.
Daí, damos um pulo ao Mercado de Lavradores, famoso pela praça de peixe e pelo colorido das frutas. Porque os aromas fortes nos despertam já o apetite, paramos para almoçar num dos pequenos restaurantes que encontramos facilmente nesta zona. O bife de atum é uma especialidade irrecusável: nem pensamos duas vezes!
De tarde, começamos por visitar o Museu de Arte Sacra, situado num núcleo arquitetónico em que se destacam os palacetes dos antigos senhores das ilhas. É num desses palacetes (antigo paço episcopal) que se encontra o museu, fundado em 1955, rico em pintura flamenga e portuguesa dos séculos XV e XVI, ourivesaria, estatuária e paramentos.
No Museu municipal, descobrimos aspetos muito interessantes da fauna, da flora e da geologia da Madeira, quer através da exposição permanente quer do seu aquário de água salgada. Não muito longe, espera também a nossa visita a Casa-Museu Frederico de Freitas, na Calçada de Santa Clara.
A Calçada de Santa Clara é também uma das ruas mais antigas da cidade, junto à qual se encontram outros edifícios notáveis (como o Convento de Santa Clara). Daí, vamos até à Quinta das Cruzes, cujo museu, fundado em 1953, possui secções de pintura, artes decorativas, mobiliário, cerâmica, marfim e ourivesaria.
Conhecer mais de perto a riqueza da flora insular exigirá um salto ao Jardim botânico, noutro ponto da cidade. Já os visitantes mais afoitos poderão experimentar, por seu turno, a descida em «carros de cesto» desde a base da escadaria da Igreja do Monte até ao Funchal.
Será certamente uma aventura inesquecível, com muita adrenalina à mistura! Mas, regressando ao centro, as esplanadas da Avenida do Mar oferecem a todos momentos de merecido descanso - e um copo de Madeira, um vinho delicioso que não podemos deixar de provar!
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