Mértola


Mértola


Mértola,
Passado islâmico
onde o rio Guadiana se espraia,
Parque natural,
Vila-museu


Hoje vamos passear pelo interior alentejano.

Escolhemos a vila de Mértola, região onde se situa o Parque Natural do Vale do Guadiana, cujo objetivo é salvaguardar o património histórico e tradicional da região, promovendo uma arquitetura integrada na paisagem e o bem-estar das populações.

Dispondo já de alguns dados sobre a região, procurámos informações gerais sobre a vila e não foi difícil chegar a Mértola.

Situada no Baixo Alentejo, distrito de Beja, e atravessada de norte a sul pelo rio Guadiana, Mértola é um museu ao ar livre com vários núcleos de interesse histórico.

Povoação muito antiga, Mértola foi porto fluvial do tráfego mediterrânico e carrega a História consigo. Primeiro foram os comerciantes fenícios que escolheram o Guadiana como caminho, depois os Cartagineses. Os Romanos (que lhe chamaram Myrtilis) embelezaram-na e os Árabes (chamaram-lhe Mertolah) fortificaram-na. D.Sancho II conquistou a povoação em 1238.

Durante as ocupações romanas e árabes, o Guadiana era uma importante rota comercial e Mértola um local de destaque. Vamos à procura de alguns vestígios desse tempo áureo.
No posto de turismo oferecem-nos um folheto com vários percursos pedestres.

Seguimos para a parte velha da vila e elaboramos o nosso percurso à procura dos monumentos.
Começamos pela Igreja matriz de Mértola, consagrada a Santa Maria da Assunção. É o espaço da primitiva mesquita (século XII): colunas uniformemente distribuídas, portas com arco em ferradura e o seu mihrad apontado na direção de Meca.

Vamos agora seguir em direção ao castelo, a maior parte do qual data do século XIII, apesar de ter sido edificado sobre fundações mouras. Paramos a observar as estruturas romanas e árabes existentes na zona (onde se guardam coleções arqueológicas).

O Largo Luís de Camões é o centro administrativo da cidade velha. Aqui próximo visitamos a Torre do Relógio. Enquanto descansamos um pouco vemos algumas fotografias de locais de interesse.

Entramos na Câmara Municipal à procura do Museu Romano, situado nas suas caves. A principal atração reside em terem aí descoberto uma habitação romana.

Também aqui próximo vemos uma exposição de fotografia sobre Mesquita, uma aldeia de Mértola

Passamos pelo Museu de Arte Sacra e, no extremo sul, encontramos o Museu Islâmico. Soubemos de um festival islâmico que outrora ocorreu na vila.

Fomos ainda informados de estudos feitos por arqueólogos, que têm dedicado a esta terra uma parte importante da sua investigação. Cláudio Torres é um desses investigadores.

Precisamos de recuperar as forças, já estamos esfomeados. Vamos ao restaurante “O Migas”, ali no edifício do mercado municipal, com uma vista soberba sobre o rio.
Começamos com pão de centeio, azeitonas e sopa de poejo. Migas com carne de porco é a nossa escolha. Há ainda quem prove a sopa de cação. O queijo da região fica para a sobremesa, tudo acompanhado com um bom vinho alentejano.

Estando em Mértola, viajamos pela memória dos tempos do minério. Visitamos duas referências importantes: a mina de São Domingos e o antigo porto mineiro do Pomarão.

Deslocando-nos para norte de Mértola, vamos à procura da queda de água conhecida por Pulo do Lobo.

Soubemos de várias iniciativas que por aqui têm lugar: vários percursos pedestres e de automóvel e passeios de barco. Quando voltarmos, há de ser para uma aventura arrojada.

Vamos deixar Mértola.

Como recordação, levamos umas fotografias e alguns objetos que constituem o artesanato da região: mantas e cestaria .

No ouvido, vão ainda os cantares alentejanos.

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