Aprender a brincar http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias-dp4.html Sat, 11 May 2024 09:07:43 +0000 Joomla! - Open Source Content Management pt-pt naoresponder.plataforma.cvc@fbapps.pt (Centro Virtual Camões) Realismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/realismo-dp7.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/realismo-dp7.html Realismo


Entrada do Passeio Público no séc. XIX
Entrada do Passeio Público no séc. XIX

Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Antero de Quental e Teófilo Braga foram alguns dos mais importantes vultos que constituíram a chamada «Geração de 70», que, a partir da «Questão Coimbrã» (polémica entre Castilho e Pinheiro Chagas), deu origem às «Conferências do Casino», na qual se enunciaram os mais importantes preceitos de uma nova cultura, que em grande parte se liga ao realismo de proveniência francesa e europeia.

Os romances de Eça e a poesia de Antero ligam-se (no primeiro integralmente; no segundo, apenas em parte) a essa nova estética, que é também representada pelos romances de Júlio Dinis e pela poesia de Cesário Verde (embora esta, como a de Gomes Leal e a de Guerra Junqueiro, apresente já nexos com a poesia simbolista).

O realismo procura retomar a objetividade na literatura (contra o subjetivismo emocional romântico), a sua ligação crítica mas construtiva à sociedade, e o rigor da escrita poética, assente num rigor reflexivo e numa planificação composicional.



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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Mon, 14 Feb 2011 08:32:03 +0000
Barroco e Maneirismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/barroco-e-maneirismo-dp5.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/barroco-e-maneirismo-dp5.html Barroco e Maneirismo



O Padre António Vieira pregando aos Índios

O Padre António Vieira pregando aos Índios (AHU)



D. Francisco Manuel de Melo, Auto do Fidalgo Aprendiz

D. Francisco Manuel de Melo, Auto do Fidalgo Aprendiz, Officina de Domingos Carneiro, 1676

Tendências estéticas dos séculos XVI, XVII e XVIII, que acompanham, a partir das artes plásticas, o movimento classicista, em diálogo, confronto ou até em mútua inserção, e cujos representantes mais significativos são Camões na poesia lírica, o Pe. António Vieira (Sermões e Cartas) e D. Francisco Manuel de Melo (na poesia lírica e no teatro, Auto do Fidalgo Aprendiz).

Enquanto o maneirismo se manifesta numa ligação aos modelos literários clássicos que apura e refina as suas características, sublinhando os pormenores da composição e o seu caráter estático, seguindo um pendor melancólico, o barroco define-se pela exibição espetacular de conflitos e oposições semânticas e sintáticas, em torno da reflexão sobre o tempo e a mudança.

Duas coletâneas integram um repositório assinalável de textos barrocos: Fénix Renascida e Postilhão de Apolo.



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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Mon, 14 Feb 2011 08:27:44 +0000
Surrealismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/surrealismo-dp5.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/surrealismo-dp5.html Surrealismo

"Melancolia" (1942), óleo de António Dacosta
"Melancolia" (1942), óleo de António Dacosta [1914-1990]

Muito tardio, na literatura portuguesa, é representado por grandes poetas (António Pedro, Manuel de Lima, Mário-Henrique Leiria, Mário Cesariny) e tem grande impacto na configuração do discurso poético da modernidade, de Herberto Helder ao grupo de escritores da publicação Poesia-61 (Gastão Cruz, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge, Maria Teresa Horta), não esquecendo Ruy Belo, Casimiro de Brito e João Rui de Sousa.

Favorece as associações vocabulares livres, as relações semânticas insólitas, e estabelece o primado da imaginação.

A mosca Albertina, que ele domesticava.
Vem agora ao papel, como um insecto-insulto,
Mas fingindo que o poeta a esperava...

Quase mulher e muito mosca,
Albertina quer o poeta para si,
Quer sem versos o poeta.
Por isso fica, mosca-mulher, por ali...

Alexandre O'Neill

A CABEÇA DE ARCAIFAZ(SISMO)

Localização fonética:
a) A cabeça: onde cabe a eça. Popª.:
cabe a eça agora.
b) de Arcaifaz (sismo): o ar (que)
cai, faz (produz) sismo. Faz sismo:
o ar cai. Caindo o ar, fica o caifascismo,
o que dá cai, dá sismo, e retira o ar que
caiu. Por isso se diz que não há ar onde
há alguém que faz sismo., podendo no
entanto sufixismar-se o prefixo, o que
dará o CAIFAZCISMAÇÃO, sublimação da cisma de Caifaz.

Mário Cesariny de Vasconcelos, Poesia, 1961



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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 11:41:34 +0000
Simbolismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/simbolismo-dp7.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/simbolismo-dp7.html Simbolismo

Venceslau de Moraes
Venceslau de Moraes

Embora Eugénio de Castro seja o introdutor do Simbolismo, com Oaristos (1890), o poeta mais importante desta corrente, ligada ao clima de inquietação e incompletude da atmosfera finissecular, que produz correntes de pensamento de componente idealista (e em Portugal se agrava com os ecos do «Ultimato Inglês»), é Camilo Pessanha.

Também Fialho de Almeida, na prosa, representa esta tendência (embora o seu estilo impressionista se filie igualmente na escola naturalista), assim como Venceslau de Morais (assumindo a temática da evasão, que concretiza nas suas viagens ao Oriente e radicando-se no Japão) e, mais ligados ao séc. XX, António Patrício, Carlos Malheiro Dias, Teixeira Gomes e Raul Brandão.

Na poesia, António Nobre e Florbela Espanca articulam-se ainda com a mentalidade elegíaca e de aspirações indecisas característica do simbolismo, que na prosa produz sensíveis inovações na narrativa, insistindo na materialidade da escrita e abalando os mecanismos tradicionais da representação através do discurso.


Florbela Espanca

Florbela Espanca
Perdi os meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!

Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? -
Deitei-me ao mar não salvei nenhuma!

Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de oiro e pedrarias...

Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...

Florbela Espanca



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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 11:33:12 +0000
Saudosismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/saudosismo-dp5.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/saudosismo-dp5.html Saudosismo

"O Desterrado" 1872, Soares dos Reis
"O Desterrado" 1872, Soares dos Reis [1847-1889]

É uma tendência da literatura portuguesa que radica na obra de Teixeira de Pascoaes e no grupo da Renascença Portuguesa, e à qual poderemos ainda considerar ligados Afonso Duarte (muito embora este autor se articule com o psicologismo da geração da revista Presença e seja reclamado como companheiro estético de alguns neorrealistas) e Tomás da Fonseca (que, no entanto, como Ferreira de Castro e Aquilino Ribeiro, são admitidos como antepassados dos neorrealistas) ou Irene Lisboa (suscetível de ser enquadrada na Presença) que se mantêm relativamente à margem das correntes estéticas suas contemporâneas.

Retrato de Teixeira de Pascoaes por Raul Brandão
Retrato de Teixeira de Pascoaes por Raul Brandão

O saudosismo apresenta alguns pontos de contacto com o movimento do «Integralismo Lusitano» (ligado ao poeta António Sardinha), mas o seu passadismo aponta muito mais para uma atitude lírica do que para a ação política.

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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 11:27:34 +0000
Romantismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/romantismo-dp7.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/romantismo-dp7.html Romantismo

Almeida Garrett


Almeida Garrett [1799-1854]

É oficialmente introduzido em Portugal com o poema Camões, de Almeida Garrett, e as suas grandes figuras são este autor e ainda Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco, pertencendo este a uma geração mais tardia que confinará com o advento da escola realista.

Palácio Real na encosta da Ajuda
Palácio Real na encosta da Ajuda

A introdução do discurso da História como ciência (Herculano), a renovação do teatro (Garrett) e a criação do romance histórico (com ambos estes escritores, e toda uma linhagem de autores que se prolonga até inícios do séc. XX) são contributo da escola romântica, que se caracteriza pela valorização das manifestações individuais, sobretudo no plano da emoção e do confessionalismo, e pela defesa dos valores da liberdade (desde o plano político ao literário, nomeadamente versicular) e das origens (infância, nacionalidade, tradição, e ainda a natureza humana contra a ação corruptora da sociedade).

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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 11:23:45 +0000
Pós-Modernismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/pos-modernismo-dp7.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/pos-modernismo-dp7.html Pós-Modernismo

"Homenagem a Magritte" (1984) de José de Guimarães
"Homenagem a Magritte" (1984) de José de Guimarães

Etiqueta polémica que se apõe a vária da produção literária contemporânea, vulgarizada pelas controvérsias filosóficas (Lyotard/Habermas), mas do ponto de vista literário seriamente encarada por grupos e autores americanos e canonizada por inúmeros trabalhos científicos e teses em universidades dos EUA e da Europa do Norte.

Em Portugal, o seu funcionamento na literatura é não só temido mas ainda denegado e recalcado, o que se compreende em função da tardia democratização da nossa sociedade e das longas lutas dos escritores pela obtenção de condições que permitissem o exercício livre de uma modernidade almejada.

De qualquer modo, a indiferenciação de modalidades narrativas, o gosto da reescrita e da paródia, a sedução pela alteração e correção dos acontecimentos do passado, o gosto do fantástico, a recusa das axiologias e a tendência para o aleatório podem entrever-se em textos tão diversos quanto Finisterra, de Carlos de Oliveira, Alexandra Alpha, de José Cardoso Pires, Paixão do Conde de Fróis, de Mário de Carvalho, História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, Contos do Mal Errante, de Maria Gabriela Llansol, Os Guarda-Chuvas Cintilantes, de Teolinda Gersão ou Olhos Verdes, de Luísa Costa Gomes.

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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 11:13:35 +0000
Neorrealismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/neorrealismo-dp4.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/neorrealismo-dp4.html Neorrealismo

Desenho de Augusto Gomes
Desenho de Augusto Gomes [1910-1976]

Soeiro Pereira Gomes, Esteiros


Capa e contracapa da obra: Soeiro Pereira Gomes, Esteiros, Edições Avante

Monsanto, Beira Baixa


Monsanto, Beira Baixa


Corrente literária de influência italiana que anexa algumas componentes da literatura brasileira, nomeadamente a da denúncia das injustiças sociais do romance nordestino. Quer na poesia, quer na prosa, o neorrealismo assume uma dimensão de intervenção social, agudizada pelo pós-guerra e pela sedução dos sistemas socialistas que o clima português de ditadura mitifica.

A sua matriz poética concentra-se no grupo do Novo Cancioneiro, coleção de poesia, com Sidónio Muralha, João José Cochofel, Carlos de Oliveira, Manuel da Fonseca, Mário Dionísio, Fernando Namora e outros.

No romance, Soeiro Pereira Gomes, com Esteiros, e Alves Redol, com Gaibéus, de 1940, inauguraram, na ficção, uma obra extensa e representativa, que também muitos dos outros poetas mencionados (sobretudo os quatro primeiros) contribuíram para enriquecer.

O romance neorrealista reativa os mecanismos da representação narrativa, inspirando-se das categorias marxistas de consciência de classe e de luta de classes, fundando-se nos conflitos sociais que põem sobretudo em cena camponeses, operários, patrões e senhores da terra, mas os melhores dos seus textos analisam de forma acutilante as facetas diversas dessas diversas entidades, o que se pode verificar, nomeadamente, em Uma Abelha na Chuva, de Carlos de Oliveira, Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, O Dia Cinzento, de Mário Dionísio e Domingo à Tarde, de Fernando Namora.

Na confluência com o existencialismo e com certas componentes da modernidade, são de salientar as obras mais tardias de José Cardoso Pires, O Anjo Ancorado e O Hóspede de Job, de Urbano Tavares Rodrigues, Bastardos do Sol, de Alexandre Pinheiro Torres, A Nau de Quixibá, ou de Orlando da Costa, Podem Chamar-me Eurídice.

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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 11:02:21 +0000
Modernismo http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/modernismo-dp7.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/modernismo-dp7.html Modernismo

Autorretrato de Almada Negreiros
Autorretrato de Almada Negreiros, com alguns amigos na Brasileira do Chiado (1925)
"Orpheu", n.º 1
"Orpheu", n.º 1, Janeiro-Fevereiro março, 1915
Ambiência estética cosmopolita que define as artes e a cultura europeia e internacional na viragem do século, e, muito em especial, durante as suas primeiras duas ou três décadas.

Em Portugal, está ligada às figuras de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e muitos outros, e polariza-se em tomo da revista Orpheu (1.º número, 1915).

Estética por excelência da diversidade (patente em outras estéticas adjacentes e movimentos de vanguarda - sensacionismo, paulismo, intersecionismo, etc.), da questionação dos valores estabelecidos ética e literariamente, da euforia face às invenções da técnica, da libertação da escrita literária de todas as convenções e de todas as regras, o modernismo marcou o século XX de um modo muito agudo, a tal ponto que com ele se articulam constantemente as teorias e as polémicas em torno de outras duas noções histórico-literárias e estéticas relativamente indeterminadas (modernidade e pós-modernismo), que só a sua matriz pode ajudar a explicitar.

Na literatura portuguesa, a revista Presença (de José Régio e João Gaspar Simões) é por uns entendida como «a contrarrevolução do modernismo» (Eduardo Lourenço), e, por outros, como «um segundo modernismo».



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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 10:55:12 +0000
Modernidade http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/modernidade-dp7.html http://cvc.instituto-camoes.pt/periodos-e-tendencias/modernidade-dp7.html Modernidade

Não é uma corrente estética, mas uma noção, muito frequente, com a qual se qualifica muitas vezes, e em termos positivos, a qualidade de uma obra. Desligada semanticamente do conceito de modernismo, evoca outros momentos históricos de renovação estética e cultural (a modernidade do humanismo renascentista, a modernidade do espírito iluminista, a modernidade da conceção do tempo e da arte em Baudelaire e, sobretudo, a partir da Segunda Guerra Mundial, a libertação em relação às últimas peias da convenção literária, artística e cultural que mesmo os mais recentes movimentos programáticos, por sê-lo, ainda faziam sentir).

"Arraial" (1950) de Vieira da Silva
"Arraial" (1950) de Vieira da Silva [1908-1992]

Em nosso entender, Pessoa é um grande poeta porque, através da diversidade dos seus heterónimos, está mais ligado a uma noção de modernidade do que ao conceito de modernismo, assim como Almada Negreiros; António Boto e Irene Lisboa, presencistas imperfeitos, são-no na medida em que elaboram também a sua quota-parte de modernidade.

A renovação do romance praticada na segunda metade deste século (a partir de Agustina Bessa-Luís, em A Sibila, 1954, e a sua obra posterior, assim como os romances de Vergílio Ferreira, e vários outros autores, ex. José Cardoso Pires, Augusto Abelaira), assim como a obra de alguns poetas (António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade, Herberto Helder), configuram uma modernidade indistinta, diferenciada e recorrente no vocabulário crítico que, a despeito de definir de facto um universo idêntico, provoca algumas confusões, sobretudo na medida em que, em certos casos, se confunde com a noção entretanto posta em voga de pós-modernismo.



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luis.morgado@instituto-camoes.pt (Luís Morgado) Períodos e Tendências Thu, 10 Feb 2011 10:50:48 +0000