Surrealismo
Surrealismo
"Melancolia" (1942), óleo de António Dacosta [1914-1990] |
Muito tardio, na literatura portuguesa, é representado por grandes poetas (António Pedro, Manuel de Lima, Mário-Henrique Leiria, Mário Cesariny) e tem grande impacto na configuração do discurso poético da modernidade, de Herberto Helder ao grupo de escritores da publicação Poesia-61 (Gastão Cruz, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge, Maria Teresa Horta), não esquecendo Ruy Belo, Casimiro de Brito e João Rui de Sousa.
Favorece as associações vocabulares livres, as relações semânticas insólitas, e estabelece o primado da imaginação.
A mosca Albertina, que ele domesticava. Alexandre O'Neill |
A CABEÇA DE ARCAIFAZ(SISMO) Localização fonética: a) A cabeça: onde cabe a eça. Popª.: cabe a eça agora. b) de Arcaifaz (sismo): o ar (que) cai, faz (produz) sismo. Faz sismo: o ar cai. Caindo o ar, fica o caifascismo, o que dá cai, dá sismo, e retira o ar que caiu. Por isso se diz que não há ar onde há alguém que faz sismo., podendo no entanto sufixismar-se o prefixo, o que dará o CAIFAZCISMAÇÃO, sublimação da cisma de Caifaz. Mário Cesariny de Vasconcelos, Poesia, 1961 |
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