EM GALAFURA

 

Os povoadores da beira Douro

conhecem o pó e as pedras.

E sabem que o Universo

concebe cerejais e parras.

Vivem como vermes magníficos,

iluminados por dias soalheiros,

obscurecidos pelas invernias.

Fiama Hasse Pais Brandão

As Fábulas

Famalicão, Quasi Edições, 2002


FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO

 

Nasceu em Lisboa, em 1938.

O seu primeiro livro, Em Cada Pedra Um Voo Imóvel, é de 1958. Em 1961, com Morfismos, participou na publicação colectiva Poesia 61 (designação dada a um conjunto de cinco «plaquettes» de poesia então publicadas, com a intenção de contribuir para a renovação da linguagem poética). No mesmo ano, foi editada a sua primeira peça de teatro, distinguida com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Escritores.

Além da poesia e do teatro, a obra de Fiama estende-se aos domínios do ensaio, da ficção e também da tradução.

Fiama foi distinguida por duas vezes com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1996 e 2000).

 

Algumas obras:

 

Poesia:

 

Morfismos (1961)

Barcas Novas (1967)

Novas visões do passado (1975)

Homenagemàliteratura (1976)

F de Fiama (1986)

Três Rostos (1989)

Movimento Perpétuo (1992)

Epístolas e Memorandos (1996)

Cenas Vivas (2000)

As Fábulas (2002)

 

Teatro:

 

Os Chapéus de Chuva (1961)

A Campanha (1965)

Quem Move as Árvores (1979)

Teatro-Teatro (1990)

 

Prosa:

 

Em Cada Pedra Um Voo Imóvel (1958)

Movimento Perpétuo (1991)

Sob o Olhar de Medeia (1998)

 

Ensaio:

 

O Labirinto Camoniano e Outros Labirintos (1985)

 

 

Ler outro poema de Fiama.

 

Sob o Olhar de Medeia – uma incursão no romance.


© Instituto Camões, 2002