Movimento movimento de alma silêncio, emoção de doçura meia, essa tua palma sobre a minha mão o que tem que eu leia? para lá da floresta onde as coisas são sem minha licença, mais linear que esta confusa razão da tua presença não há outro sim que não tem dizer e é mais movimento? qualquer coisa assim como um tempo sem fim como um espaço sem tempo
Mário Cesariny Manual de Prestidigitação Lisboa, Assírio & Alvim, 1981 |
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M. Cesariny escreveu sobre o SURRREALISMO: «Nenhum movimento como o surrealismo propôs tanto, a um só tempo, uma real cidadania para todos e uma real liberdade de cada um consigo. Síntese destinada aos maiores embates porque é dos tempos e da sua política não serem do tempo único em que a poesia se coloca, é no entanto, é sobretudo ela que dá a maior gravidade à barca lançada por Breton rumo ao mar interior que move o homem: mesmo em pleno mergulho, o propósito é ainda redescobrir o sol, mesmo em pleno delírio de interpretação o rumo é a Cidade, ainda que para tocar-lhe o coração seja preciso destruir-lhe as pedras.» (prefácio a A Intervenção Surrealista, Lisboa, Ulisseia, 1966) Para compreender o surrealismo português. Museu do Chiado - «Surrealismo em Portugal / 1934-1952». |
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M. Cesariny, «O Passeio» | ||||||||||
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