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Depois de amanhã a Primavera! À Isabel e ao António A dadivosa mãe que em tudo existe para além do só remédio só palavra um cobertor de esperanças para o medo três girassóis lindíssimos desdobráveis A boca na boca e as lágrimas mais azuis de brinquedos e de imensos lençóis de inventar os dias límpidos A dadivosa mãe as tardes quentes Florescer a noite de agasalhos de corações em pé no destemor alimentar as órbitas fraternas de iluminar raízes dança pura Ó música sem tédio dos cabelos do teu olhar do cheiro dos reflexos desta razão solar! Em caule e rama - ó dadivosa mãe tudo desperta! João Rui de Sousa Corpo Terrestre (1972) In Obra Poética 1960-2000 Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2002 |
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JOÃO RUI DE SOUSA Nasceu em Lisboa, a 12 de Outubro de 1928. Concluiu um curso técnico agrícola na Escola Prática de Agricultura D. Dinis e licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas, pela Faculdade de Letras de Lisboa. Em 1982 ingressou como investigador de espólios literários na Biblioteca Nacional. A sua actividade literária divide-se entre a criação poética e o ensaísmo, cujo núcleo dominante consiste no estudo da poesia. Fez a sua estreia (poemas e ensaio) na revista Cassiopeia (Lisboa,1955), da qual integrou a equipa de direcção, juntamente com José Bento, José Terra, António Carlos e António Ramos Rosa. Tem colaborado em várias publicações, nacionais e estrangeiras e está representado em numerosas antologias. Algumas Obras: Poesia Circulação (1960) A Hipérbole na Cidade (1960) A Habitação dos Dias (1962) O Fogo Repartido (1983) Enquanto a Noite, a Folhagem (1991) Respirar pela Água (1998) Os Percursos, as Estações (2000) Ensaio Fernando Pessoa Empregado de Escritório (1985) Este Rio de Quatro Afluentes (1988) António Ramos Rosa ou o Diálogo com o Universo (1998) Para saber mais sobre o autor. João Rui de Sousa: uma poética da luz. Recensão a Os Percursos, as Estações. |
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