No tempo dos castelos...

PARTE 3
Universidade de Turim
Leitor: Dr. Arlindo Castanho

Hipótese 1
O Flávio Leonardo começou a sentir-se algo esquisito, como se levasse às costas uma pedra enorme. E, de repente, pum! Tinha lá uma corcunda torta e negra! Pegou num pau, e com ele "agradeceu" à bruxa e, por tabela, a todos os antepassados dela. O Horácio, que já não podia mais com tanto calor, pegou no disfarce e lançou-o contra o dragão, que se pôs outra vez a chorar.
O Quinzinho das Galinhas Douradas, nada perturbado, já pensava na carta formal que ia logo escrever quando chegasse a casa: «Sandrinha, só agora tenho a coragem de lhe revelar o que realmente sinto...»
Na clareira ficou somente o dragão. Ficou aí preso por três dias. Acharam-no uns soldados do Greich, que iam à procura de ninhos nas árvores da fronteira.
O pai da Sandrinha virou a casaca e declarou o dragão Calígula propriedade do reino. Logo a seguir, começou uma guerra que ainda hoje é muito famosa. Muitos anos depois o bisneto do corcunda, o Francisco Inocêncio Coxo, escreveu diversos livros sobre o assunto, antes de vir a ser primeiro-ministro.

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