Objetivos de diferenciação dos registos oral vs. Escrito - têm em conta a mobilização e a atenção dos formandos para a diferenciação tácita entre o mundo expressivo da oralidade e o mundo expressivo da escrita propriamente dito.
Objetivos de estabilidade dos registos - têm em conta a mobilização dos formandos para aspetos laboratoriais e eminentemente pragmáticos no âmbito da própria fixação do texto a comunicar (seja o meio o texto escrito ou oral).
O Laboratório de Escrita Jornalística destina-se ao universo de jornalistas em língua portuguesa espalhados pelo mundo.
A decisão no que respeita à seleção dos formandos será feita pelo Camões, I.P. e é irrevogável.
O Laboratório de Escrita Jornalística terá a duração de 10 semanas, a começar no dia 24 de fevereiro de 2016, prevendo-se um total de 65 (sessenta e cinco) horas de trabalho por parte dos formandos, ou seja, aproximadamente 5h por semana. No entanto, a carga horária individual dependerá, em grande medida, da prática prévia de construção de materiais pedagógicos e de utilização das ferramentas eletrónicas mais generalizadas (de produção de documentos, e-mail, navegação na Internet, etc.), para além da facilidade de aquisição de novas competências tecnológicas.
O Laboratório de Escrita Jornalística é entendido como formação laboratorial, em regime de formação à distância (online), de acordo com uma perspetiva em que a teoria e o código (a gramática) se constituem como crivo e motor da ação fundamental.
O curso baseia-se em módulos semanais (um Bloco por semana), cada Bloco com uma pequena parte teórica a que se juntam exemplos, adendas e exercícios.
Na maior parte do tempo, tornar-se-á, portanto, essencial confrontar os formandos com situações e textos matriciais/indutores, complementados com adendas, exemplos e exercícios, que os conduzam, na prática, a interiorizar os objetivos acima postulados e a aplicar as ferramentas que estes inevitavelmente pressupõem.
Os Módulos que enquadrarão o Laboratório de Escrita Jornalística são os seguintes:
Bloco 1
- Os media, a sociedade mediatizada e a notícia.
- A ocorrência, o texto e os media: um enquadramento teórico inicial.
- Exercícios diversos a partir de situações tipificadas.
Bloco 2
- Ocorrências e meta-ocorrências.
- A frase, a sintaxe e os constituintes frásicos.
- Exercícios de ordenação a partir de textos indutors (situações de caos, desconstrução e reconstrução de exemplos clássicos e/ou reconhecíveis).
Bloco 3
- Escrever com prazer e com regra: o caso da crónica.
- A concordância (substantivos, adjetivos e o papel dos advérbios).
- Exercícios que coloquem em evidência a diferenciação do par adjetivo/ advérbio (recortes de textos dos media, correções e dramatizações).
Bloco 4
- A entrevista.
- Os pronomes: uso e funcionalidades.
- Exercícios que têm como objetivo diferenciar o uso dos níveis pronominais (indefinidos, interrogativos, relativos, demonstrativos, possessivos, pessoais, etc.)
Bloco 5
- Liberdade, responsabilidade, disputas e concorrência no espaço público mediatizado.
- O verbo, a ação e o coração da frase (enquadramento exemplificado).
- Exercícios de uso dos verbos simples e auxiliares.
Bloco 6
- As novas tecnologias e o jornalismo online.
- Os tempos verbais (o exemplo da narração como leitmotiv).
- Exercícios de rescrita a partir de permutas temporais.
Bloco 7
- Textos de reportagem
- Os modos verbais. A atitude do emissor, a mensagem e os mundos possíveis do(s) destinatário(s). 7.
- Exercícios de aplicação do modo verbal (confronto pragmático entre indicativo, conjuntivo e imperativo).
Bloco 8
- Textos de crítica, editorial e comentário
- Subordinação e coordenação: dois mundos expressivos.
- Exercícios que visam a separação entre o principal e o acessório (dramatizações, reposição de situações do vivido, representações e rescritas).
Bloco 9
- Textos de divulgação
- A subordinação e a expressão hierarquizada.
Bloco 10
- Persuasão no espaço público e textos de viagem.
- Exercícios de aplicação dos diversos materiais interiorizados ao longo do curso.
O número máximo de formandos será de 25 (vinte e cinco).
Na última semana do Laboratório de Escrita Jornalística, os participantes e o coordenador avaliarão os processos de aprendizagem, utilizando-se para esse efeito uma avaliação essencialmente qualitativa.
Aos participantes será atribuído um certificado.
A frequência do curso implica o pagamento de 250 EUR (duzentos e cinquenta euros). No caso dos docentes da rede de Ensino do Português no Estrangeiro e agentes de Cooperação do Camões, I.P., este custo é suportado em 50% por esta instituição, pelo que os docentes/agentes terão de pagar apenas metade do valor indicado. O pagamento será feito através de transferência bancária. O número da conta para depósito será enviado aos candidatos que forem selecionados. Uma vez efetuado o pagamento, não há lugar a reembolso.
De acordo com o regulamento da formação a distância, o Camões, I.P. reserva-se o direito de cancelar os cursos que, à data de início, não tenham o número mínimo de inscrições necessárias à sua realização, o qual corresponde às vagas definidas na publicitação do curso. O Camões, I.P. procederá à devolução do pagamento já efetuado por formandos de cursos nessa situação.
Os candidatos à frequência do Laboratório de Escrita Jornalística deverão preencher o formulário que está disponível na página do Centro Virtual Camões, até ao dia 10 de fevereiro de 2016, impreterivelmente.
Prof. Doutor Luís Carmelo, doutorado pela Universidade de Utreque e professor de Seminários de Escrita Criativa em Mestrados e Licenciaturas na Escola Superior de Design (IADE) e na Universidade Autónoma de Lisboa.