Laboratório de Escrita Jornalística (305_16_2S)

Coordenação: Luís Carmelo



I - Objetivos

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Objetivos de diferenciação dos registos oral vs. Escrito - têm em conta a mobilização e a atenção dos formandos para a diferenciação tácita entre o mundo expressivo da oralidade e o mundo expressivo da escrita propriamente dito.

Objetivos de estabilidade dos registos - têm em conta a mobilização dos formandos para aspetos laboratoriais e eminentemente pragmáticos no âmbito da própria fixação do texto a comunicar (seja o meio o texto escrito ou oral).

II - Público-alvo

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O Laboratório de Escrita Jornalística destina-se ao universo de jornalistas em língua portuguesa espalhados pelo mundo.

A decisão no que respeita à seleção dos formandos será feita pelo Camões, I.P. e é irrevogável.

III - Duração

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O Laboratório de Escrita Jornalística terá a duração de 10 semanas, a começar no dia 23 de fevereiro de 2017, prevendo-se um total de 65 (sessenta e cinco) horas de trabalho por parte dos formandos, ou seja, aproximadamente 5h por semana. No entanto, a carga horária individual dependerá, em grande medida, da prática prévia de construção de materiais pedagógicos e de utilização das ferramentas eletrónicas mais generalizadas (de produção de documentos, e-mail, navegação na Internet, etc.), para além da facilidade de aquisição de novas competências tecnológicas.

IV - Organização de conteúdos

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O Laboratório de Escrita Jornalística é entendido como formação laboratorial, em regime de formação à distância (online), de acordo com uma perspetiva em que a teoria e o código (a gramática) se constituem como crivo e motor da ação fundamental.

O curso baseia-se em módulos semanais (um Bloco por semana), cada Bloco com uma pequena parte teórica a que se juntam exemplos, adendas e exercícios.

Na maior parte do tempo, tornar-se-á, portanto, essencial confrontar os formandos com situações e textos matriciais/indutores, complementados com adendas, exemplos e exercícios, que os conduzam, na prática, a interiorizar os objetivos acima postulados e a aplicar as ferramentas que estes inevitavelmente pressupõem.

Os Módulos que enquadrarão o Laboratório de Escrita Jornalística são os seguintes:

Bloco 1

  1. Os media, a sociedade mediatizada e a notícia.
  2. A ocorrência, o texto e os media: um enquadramento teórico inicial.
  3. Exercícios diversos a partir de situações tipificadas.

Bloco 2

  1. Ocorrências e meta-ocorrências.
  2. A frase, a sintaxe e os constituintes frásicos.
  3. Exercícios de ordenação a partir de textos indutors (situações de caos, desconstrução e reconstrução de exemplos clássicos e/ou reconhecíveis).

Bloco 3

  1. Escrever com prazer e com regra: o caso da crónica.
  2. A concordância (substantivos, adjetivos e o papel dos advérbios).
  3. Exercícios que coloquem em evidência a diferenciação do par adjetivo/ advérbio (recortes de textos dos media, correções e dramatizações).

Bloco 4

  1. A entrevista.
  2. Os pronomes: uso e funcionalidades.
  3. Exercícios que têm como objetivo diferenciar o uso dos níveis pronominais (indefinidos, interrogativos, relativos, demonstrativos, possessivos, pessoais, etc.)

Bloco 5

  1. Liberdade, responsabilidade, disputas e concorrência no espaço público mediatizado.
  2. O verbo, a ação e o coração da frase (enquadramento exemplificado).
  3. Exercícios de uso dos verbos simples e auxiliares.

Bloco 6

  1. As novas tecnologias e o jornalismo online.
  2. Os tempos verbais (o exemplo da narração como leitmotiv).
  3. Exercícios de rescrita a partir de permutas temporais.

Bloco 7

  1. Textos de reportagem
  2. Os modos verbais. A atitude do emissor, a mensagem e os mundos possíveis do(s) destinatário(s). 7.
  3. Exercícios de aplicação do modo verbal (confronto pragmático entre indicativo, conjuntivo e imperativo).

Bloco 8

  1. Textos de crítica, editorial e comentário
  2. Subordinação e coordenação: dois mundos expressivos.
  3. Exercícios que visam a separação entre o principal e o acessório (dramatizações, reposição de situações do vivido, representações e rescritas).

Bloco 9

  1. Textos de divulgação
  2. A subordinação e a expressão hierarquizada.

Bloco 10

  1. Persuasão no espaço público e textos de viagem.
  2. Exercícios de aplicação dos diversos materiais interiorizados ao longo do curso.

V - Número de formandos por turma

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O número máximo de formandos será de 25 (vinte e cinco).

VI - Avaliação e atribuição de certificado de participação

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Na última semana do Laboratório de Escrita Jornalística, os participantes e o coordenador avaliarão os processos de aprendizagem, utilizando-se para esse efeito uma avaliação essencialmente qualitativa.

Aos participantes será atribuído um certificado.

VII - Preço do curso

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A frequência do curso implica o pagamento de 250 EUR (duzentos e cinquenta euros). No caso dos docentes da rede de Ensino do Português no Estrangeiro e agentes de Cooperação do Camões, I.P., este custo é suportado em 50% por esta instituição, pelo que os docentes/agentes terão de pagar apenas metade do valor indicado. O pagamento será feito através de transferência bancária. O número da conta para depósito será enviado aos candidatos que forem selecionados. Uma vez efetuado o pagamento, não há lugar a reembolso.

De acordo com o regulamento da formação a distância, o Camões, I.P. reserva-se o direito de cancelar os cursos que, à data de início, não tenham o número mínimo de inscrições necessárias à sua realização, o qual corresponde às vagas definidas na publicitação do curso. O Camões, I.P. procederá à devolução do pagamento já efetuado por formandos de cursos nessa situação.

VIII - Processo de candidatura

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Os candidatos à frequência do Laboratório de Escrita Jornalística deverão preencher o formulário que está disponível na página do Centro Virtual Camões, até ao dia 08 de fevereiro de 2017, impreterivelmente.

IX - Coordenação

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LUÍS CARMELO: Luís Carmelo (1954) é autor de uma vasta obra literária (doze romances, entre eles A Falha, adaptado ao cinema por João Mário Grilo em 2002). Doutorou-se pela Universidade de Utreque (Holanda) na área semiótica, em 1995, e fez concurso a Prof. Associado em 2003 (UAL). Enquanto ensaísta, é autor de variadas obras (incluindo o Prémio A.P.E. de 1988) sobre semiótica, comunicação/ teoria da cultura, arte, teoria literária, para além de um conjunto diverso de manuais (sobretudo da área da escrita criativa). Salientem-se, no campo ensaístico e académico, as seguintes obras:

Área da comunicação e teoria da cultura: Genealogias da Cultura (2013, Arranha Ceus, Lisboa); Órbitas da Modernidade (2003, Editorial Mareantes, Lisboa); Sob o Rosto da Europa (1996, Pendor, Évora-Lisboa; 2ª edição e tradução inglesa, Ontology Of The South, Sul, Edição dos Encontros de fotografia de Coimbra, 1996; Anjos e Meteoros - Ensaio Sobre a Instantaneidade (1999, Editorial Notícias, Lisboa); Islão e Mundo Cristão (2001, Editora Hugin, Lisboa) e A Comunicação na Rede: o Caso dos Blogues (2008, Magna Editora, Lisboa).

Área semiótica: Semiótica - Uma Introdução (2003, Publicações Europa-América, Mem Martins), Músicas da Consciência (com prefácio de António Damásio; 2002, Publicações Europa-América, Mem Martins) e Viragem Profética Contemporânea (2005, Publicações Europa-América, Mem Martins).

Área teórico-literária e artística: A Tetralogia Lusitana de Almeida Faria, 1989, Universidade de Utreque, Holanda; Prémio da Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores, 1988; La Représentation du Réel dans des Textes Prophétiques (1995, Universidade de Utreque, Holanda); A luz da intensidade. Figuração e estesia na literatura contemporânea. O caso de José Luís Peixoto (2012, Quetzal, Lisboa) e Água de Prata (sobre a obra do Prémio Pessoa, José M. Rodrigues; 2002, Casa do Sul, Évora).

Área dos Manuais: A Novíssima Poesia Portuguesa e a Experiência Estética Contemporânea (2005, Publicações Europa-América, Mem Martins); Manual de Escrita Criativa (2005, Publicações Europa-América, Mem Martins); Manual de Escrita Criativa, Volume II (2007, Publicações Europa-América, Mem Martins); Sebenta Criativa para Estudantes de Jornalismo (2008, Publicações Europa-América, Mem Martins); Laboratório Criativo de Cultura do Humor (2012, Manuais da Escola de Escrita Criativa Online/EC.ON, Lisboa/Évora); Laboratório de Escrita Criativa - Publicidade (2012, Manuais da Escola de Escrita Criativa Online/EC.ON, Lisboa/Évora); Laboratório de Escrita Criativa - Nível Introdutório (2012, Manuais da Escola de Escrita Criativa Online/EC.ON, Lisboa/Évora) e Laboratório de Escrita Criativa - Nível Avançado (2012, Manuais da Escola de Escrita Criativa Online/EC.ON, Lisboa/Évora).

O autor, que é investigador do IELT (Universidade Nova de Lisboa / Linha "Património Cultural e Material e Imaginários Culturais / Linha "Práticas Performativas / Artísticas e Comunidade””), fundou em 2008 a Escola de Escrita Criativa Online (EC.ON) que dirige tendo como parceiros, entre outros, o CVC/ Instituto Camões. É Membro da Associação Portuguesa de Escritores (A.P.E.) e da Associação Internacional de Semiótica (I.A.S.S.-A.I.S.).