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35 mm - pb - 4300 mt - 157 mn. Realização: - Jorge Brum do Canto. Produção: - Cinal/Cinematografia Nacional. Argumento: - Jorge Brum do Canto. Fotografia: - Aurélio Rodrigues, J. César de Sá.
Elenco: - Jacinto Ramos, Jorge Brum do Canto, Augusto de Figueiredo, Silva Araújo, Emílio Correia.
Jorge Brum do Canto realizou Chaimite sobre argumento próprio, e seu projecto desde 1942. Trata-se dum caso peculiar - em audácia de produção e ambição temática - incidindo sobre as campanhas de Portugal em África. O estilo Brum do Canto está patente nas cenas de movimentação de massas. Surpreende, ainda, todo o recorte plástico que o cineasta atribui à pujança física da negritude, ou a verosimilhança coloquial por que são reproduzidos os dialectos autóctones.
Em contraponto aos feitos colectivos, o meio por que se descerra um litígio sentimental (que pareceu, na época, estranho à indefectível sagração da raça) permite definir facetas psicológicas, éticas ou humanas (nostalgia das origens, pretextos especulativos, mística da família) ou realçar personagens comuns (abnegação dos colonos, dedicação e fidelidade a Portugal). Porém, ressalta a feição primária em que se denunciam os interesses e incidências em antagonismo - tal o aspecto insidioso das rebeliões (ataques à traição) ou a falta de escrúpulos e oportunismo (com que se caricatura a intervenção de estrangeiros). O Secretariado Nacional da Informação distinguiu Chaimite com o Grande Prémio, e o Prémio do SNI para o Melhor Actor a Emílio Correia.
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