35 mm - pb - 287 mt. Realização: - João Tavares. Produção: - Portugalia Film. Argumento: - João Freire Correia, Lino Ferreira. Obra Original: - "Os Crimes de Diogo Alves e da Sua Quadrilha". Argumento Original: - Barbosa Júnior. Fotografia: - João Freire Correia, Manuel Cardoso Pereira.
Elenco: - Alfredo de Sousa, Amélia Soares, Gertrudes Lima, José Clímaco, Narciso Vaz, Artur Braga.
Responsável pela fotografia de O Rapto de uma Actriz, João Freire Correia decidiu ensaiar em 1909 um tipo de espectáculo autónomo, que vira lá fora, através da sua empresa Cardoso & Correia, constituída com Manuel Cardoso Pereira. Incumbiu, pois, o autor teatral Barbosa Júnior de criar uma história baseada nas façanhas de um famoso delinquente, que aterrorizou Lisboa em 1836-39, tomando por base o folheto-de-cordel de uma série, pelos finais do século, sobre Grandes Criminosos. A direcção pertenceu a Lino Ferreira, com rodagem num estúdio da Rua do Bem Formoso, e exteriores no Aqueduto das Águas Livres - do alto do qual as vítimas eram lançadas - no Beco da Barbadela.
No entanto, algumas divergências entre os artistas, agravadas pela partida da companhia do Teatro Príncipe Real, de que faziam parte quase todos os actores, para uma tournée no Brasil, ocasionou a interrupção definitiva das filmagens. Suspensa a produção, Barbosa, Correia e Cardoso não desistiram, constituíndo a Portugalia Film. Em França - nos atheliers Pathé e Gaumont - adquiriram conhecimentos, construindo um complexo na Rua do Bom Sucesso, com estúdios envidraçados.
Dois anos mais tarde, o projecto Diogo Alves ressuscitou. A realização foi de João Tavares, o qual já participara no elenco da tentativa malograda. A rodagem decorreu por três semanas, e os custos ascenderam a duzentos mil reis. Estreada no Salão Trindade, inaugurou entre nós a venda de bilhetes. Apesar do sucesso, a empresa Nandim de Carvalho suspendeu as sessões, por temer que afastasse a acostumada frequência burguesa.
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