Para escutar um excerto de uma das faixas do disco
 

La Pop End Rock, UHF

 

CD1

1. Nascer / Os Primeiros Acordes
2. Sem Disfarce
3. O Presságio da Fada
4. O Primeiro Concerto
5. E Ele Escreveu Genial
6. Um Anjo no Meu Quarto
7. Fora da Garagem, Já!
8. Quero um Lugar no Top Inglês
9. O Velho Pastel de Belém Rosna
10. Uma História Com (A) Gente
11. A Legenda e a Lenda
12. Era Nani (E Era Minha)
13. Rumo ao Céu (Não Dói Nada)
14. Do Céu ao Inferno
15. Joey Ramone (Tributo)
16. A Noite Inteira
17. a Lágrima Caiu

CD2s

1. É Malhar! É Malhar
2. Dei-lhe Carros e Prenda
3. End Rock?
4. Raiva End ock
5. Fã Número Um (Sou Eu e Mais Nenhum)

6. Os Putos Vieram Divertir-se
7. O Conselho da Fada
8. Em Tribunal

9. Tu Mordes e Eu Deixo

10. Por Uma Guitarra Eléctrica
11. Eu Escolhi a Estrada Certa
12. Aqui Vamos Nós / Sem Disfarce
13. Memórias de Hotel
14. Por Três Minutos na Vida
15. O Fim. The End?
16. La Pop End Rock
17. Ai Eme Ra

A apresentação deste CD é possível devido ao acordo estabelecido entre a EMI - Valentim de Carvalho e o Instituto Camões.


LA POP END ROCK

 www.uhfrock.com

LA POP END ROCK é uma obra ficcionada sobre a carreira oficial e a vida não documentada dos UHF, enquanto banda, e das personagens que pelo grupo passaram ao longo dos encores de uma vida.

Como um ser, La Pop fez parte de todos os nossos dias desde o início dos ensaios no Outono de 2000 e, densamente, tomou espaço e fez parte da minha vida enquanto escritor do puzzle das canções que revelam a história.

As personagens ganharam corpo e contornos próprios. Da memória saltaram histórias e lugares que o tempo arquivou, aqui recuperadas, sob os efeitos de uma nova luminosidade. Por isso também LA POP END ROCK é um tributo a todos os músicos que sulcam as estradas deste país, músicos que oferecem ao público o ramalhete das suas canções, e que acreditam mesmo quando ninguém acredita e os murmúrios fúnebres se erguem.

Nem sempre foi fácil conduzir o esforço das gravações nem tinha que o ser. A escrita produzira uma teia de melodias e palavras que funcionavam a um só tempo como espelhos de nós próprios, desafios sonoros, e o regresso ao som do quarteto – voz, duas guitarras em carga e a bateria que marcava a doer.

Há ironia nos passos de qualquer vida e certamente também nos nossos. Usámo-la, recordando quantas vezes somámos disparates, vencemos à tangente e rimos como alarves. Num gesto épico e secreto erguemo-nos sempre que a lama moldava o rosto.

O rock tem destas coisas: une a tribo, pequena, que salta para a galera, e, faca nos dentes, vai por aí à conquista, pirateando. Depois, para além do palco, há a multidão. No final, é dos livros, arrecadar-se os despojos – palmas e suor – e deixar a noite chegar ao dia erguendo o brinde do último copo ao lado de uma nova mulher.

Estes fomos e somos nós, à nossa maneira.

António Manuel Ribeiro

Entre Maio de 2001 e Fevereiro de 2003



© Instituto Camões, 2003