chove, levantas-te
há uma luz metálica
sobre as coisas
como uma espada
sobre a garganta de um peregrino
ergue-te e escolhe
o cantil do caminheiro
leva
o cão que te espera
lá fora
trazes o medo
colado à sola dos sapatos
andas
para que se gaste
te liberte do peso
em que caminhas