Miranda do Douro


Miranda do Douro


Se fures a Miranda,
lhieba pan na manga,
Bino na borracha
Q'alhá num s'acha...


Miranda do Douro fica em Trás-os-Montes, na margem direita do rio Douro. A cidade reúne marcas culturais de origens e épocas diversas. Navegue um pouco na história da cidade. Descubra, por exemplo, que nome lhe deram os árabes após a sua conquista, no século VIII.

Depois, comece o seu passeio, aproveitando a frescura da manhã. Da antiga fortificação, que cercava o núcleo antigo da cidade, pouco mais resta para ver que as suas ruínas. Do castelo, porém, desfrutará de uma excelente vista sobre o Douro.

Seguidamente, percorra a Rua da Costanilha, no centro histórico, com a sua calçada em pedra. Aí poderá conhecer um interessante conjunto arquitetónico do século XV, formado por casas de granito lavrado com relevos florais.

Ex libris da cidade é, naturalmente, a antiga Sé. A atribuição do título de cidade a Miranda remonta a 1545, no reinado de D. João III, altura em que se tornou também sede episcopal.

Por trás da igreja, as ruínas do Paço Episcopal, destruído por um incêndio há 200 anos, dão ideia da importância de Miranda desde o século XIV. O privilégio episcopal foi perdido em 1764, em favor de Bragança.

Na antiga Sé, aprecie o retábulo da capela-mor com esculturas em madeira e o órgão. Mas a sua maior atenção irá, certamente, para o curioso Menino Jesus da Cartolinha, peça única da iconografia cristã.

Na Praça D. João III, visite agora o Museu da Terra de Miranda. Instalado num edifício do século XVII, o museu oferece-lhe um rápido olhar sobre a etnografia mirandesa e dá-lhe ricas informações sobre a casa tradicional, o artesanato e o vestuário.

Em Miranda, espere ouvir falar mirandês. Após a sua descoberta pelo filólogo Leite de Vasconcelos, o mirandês despertou um interesse crescente ao longo do século XX. Em 1999, foi reconhecido oficialmente o seu estatuto de língua. Atualmente, os estudos sobre o mirandês multiplicam-se.

Além da língua, também na música e na dança se afirma a identidade de Miranda do Douro. Na área geográfica do concelho, os pauliteiros fazem perdurar uma tradição antiga, que toca o viajante pela espetacularidade e pelo colorido do som e do movimento.


Em localidades como Fonte de Aldeia e Sendim, encontrará vivas outras tradições desta região. Recomendamos-lhe que aproveite as inúmeras festas e romarias para apreciar também as especialidades da gastronomia mirandesa.

Finalmente, para os amantes de desportos radicais, a descida do Douro internacional é um programa tentador. Aventure-se, se for o seu caso, descobrindo, numa viagem plena de adrenalina, um dos últimos redutos da natureza no seu estado selvagem
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