No ano 711 os Mouros do Norte de África invadiram a Península Ibérica, comandados por Tarik. O local escolhido para o desembarque foi um rochedo que baptizaram em honra do chefe com o nome de Djabal-al-Tarik - palavras que vieram a fundir-se e a dar origem a Gibraltar.Os Visigodos tentaram unir forças, e o próprio rei Rodrigo cavalgou à frente do exército para tentar impedir o avanço dos Mouros. A batalha decisiva travou-se em Guadalete, onde os Mouros obtiveram uma vitória rápida e estrondosa. Quanto aos Visigodos, além de serem derrotados ficaram sem rei, porque Rodrigo desapareceu em combate. E também ficaram desnorteados porque, pertencendo a um povo guerreiro, habituado a vencer e a dominar, não aceitaram nem compreenderam aquele desastre fulminante.
Em breve começou a longa luta entre os Cristãos e os Mouros, período esse que se denomina de Reconquista Cristã. Os combates prolongaram-se durante vários séculos, as fronteiras oscilaram, e tanto do lado cristão como do lado mouro surgiram e desapareceram reinos.Cada reino cristão do Norte era governado por um rei. Cada reino mouro do Sul era governado por um emir. Tanto uns como outros se serviam da diferença de religião para justificar a guerra, mas sempre que dava jeito estabeleciam alianças e faziam-se tratados de paz.