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Durante a viagem, os marinheiros viram pela primeira vez vários fenómenos da natureza. Podemos detectar a descrição de duas destas manifestações diferentes: O Fogo de Santelmo e a Tromba Marítima.

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1. O Fogo de Santelmo:
Uma tempestade no mar.
A lua que parecia uma bola de fogo.
Uma luz intensa durante a tempestade.
Uma trovoada com relâmpagos.

2. A Tromba Marítima:
Uma onda gigantesca.
Uma tempestade no mar.
As águas do mar a transformarem-se num tubo.
Os relâmpagos e as faíscas a caírem no mar.


O Fogo de Santelmo e a Tromba Marítima  têm uma explicação científica.

Procure saber mais sobre o Fogo de Santelmo:
http://www.fenomeno.trix.net/fenomeno_fenomenos_1_fogo-santelmo.htm

Atravessar o Cabo da Boa Esperança no Sul de África era quase impossível! Os marinheiros imaginavam grandes monstros que os atacavam...
N' Os Lusíadas, o Adamastor é uma figura  gigantesca que simboliza os medos dos portugueses:
http://www.cncdp.pt/cncdp/crista/20/13.html

Na realidade, sabemos que Vasco da Gama atravessou o Cabo da Boa Esperança num dia calmo e que não houve nenhum monstro...
http://www.cncdp.pt/cncdp/crista/14/9.html

(...)
18 «Vi, claramente visto, o lume vivo
Que a marítima gente tem por santo,
Em tempo de tormenta e vento esquivo,
De tempestade escura e triste pranto.
Não menos foi a todos excessivo
Milagre, e cousa, certo, de alto espanto,
Ver as nuvens, do mar com largo cano,
Sorver as altas águas do Oceano.

19 «Eu o vi certamente (e não presumo
Que a vista me enganava): levantar-se
No ar um vaporzinho e sutil fumo
E, do vento trazido, rodear-se;
De aqui levado um cano ao Pólo sumo
Se via, tão delgado, que enxergar-se
Dos olhos facilmente não podia;
Da matéria das nuvens parecia.

20 «Ia-se pouco e pouco acrecentando
E mais que um largo masto se engrossava;
Aqui se estreita, aqui se alarga, quando
Os golpes grandes de água em si chupava;
Estava-se co as ondas ondeando;
Em cima dele ua nuvem se espessava, [falta o ~ no u de ua]
Fazendo-se maior, mais carregada,
Co cargo grande d' água em si tomada.
(...)

Luís de Camões, 
Os Lusíadas,
Canto V