Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Muito riso, pouco siso.
Grão a grão enche a galinha o papo.
Já que a água não vai ao moinho...
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Longe da vista, longe do coração.
De manhã se começa o dia.
Filho és, pai serás, como fizeres assim acharás.
Amigo certo conhece-se na hora incerta.
Patrão fora, dia santo na loja.
Deus escreve certo por linhas tortas.
Quem o feio ama, bonito lhe parece.
Mais vale um pássaro na mão que dois a voar.
Da discussão nasce a luz.
Quem cala, consente.
Vale mais prevenir que remediar.
Amor e fé, nas obras se vê.
Quem conta um conto, acrescenta um ponto.
Quem não tem cão, caça com gato.
Santos de casa não fazem milagres.
Nunca digas: desta água não beberei.
Filhos criados, trabalhos dobrados.
Antes que cases, vê o que fazes.
Quem desdenha quer comprar.
Novos tempos, novos costumes.
 Roma e Pavia não se fizeram num dia.
 Em Roma sê romano.
 Águas passadas não movem moinhos.
 De pequenino se torce o pepino.
 Cão que ladra não morde.
 Brigas de namorados, amores dobrados.
 Ventre em jejum não ouve nenhum.
 Não vá o sapateiro além da chinela.
 Morra Marta, morra farta.
 De boas intenções está o Inferno cheio.
 Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
 Gato escaldado de água fria tem medo.
 Nem tudo o que luz é ouro.
 Não há fumo sem fogo.
 Festa acabada, músicos a pé.
 Do prato à boca, perde-se a sopa.
 Quem canta, seu mal espanta.
 Há males que vêm por bem.
 Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
 Em casa de ferreiro, espeto de pau.
 Faz o que eu digo e não o que eu faço.
 Casa roubada, trancas na porta.
 Comer e coçar está no começar.
 Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
 Dois olhos vêem mais do que um só.
© Instituto Camões, 2002