Crónica publicada no «Diário de Lisboa» no final dos anos 60, sob o título genérico«O Espelho Poliédrico». Coligida para volume com o mesmo nome - (1ª edição 1973) |
«O jornalismo foi talvez a minha única vocação revelada. Ainda hoje me sinto repórter, mas ando sempre atrasado. A atmosfera dos jornais fascinava-me, de noite sobretudo, com a excitação da hora de «fechar», o cheiro das tintas e o arfar das máquinas de impressão. Meu pai levou-me um dia à Companhia Estoril, no Cais do Sodré, e apresentou-me a Ribeiro Carvalho, seu correligionário. Estreei-me na República (1922) com umas crónicas da Cidade, gratuitas, sob o título geral «Poeira da Rua».(...) Mas fora a desenhar que, pouco antes, eu dera, não sei como, entrada no «Diário de Notícias» (edição da noite), onde Pereira Coelho me acolheu com uma cordialidade lisonjeira para o novato.»
Jornais, Revistas & Canções in «O Espelho Poliédrico», pp. 63-64 |