Em 1926 a crise política culminou com o golpe militar chefiado por Gomes da Costa, que instituiu a Ditadura. A sociedade portuguesa iniciou um longo período de restrições, de pobreza e de isolamento.
A Censura Prévia impedia a expressão livre das ideias e, perante a proposta de estudar Ciências Pedagógicas, José Rodrigues Miguéis, já licenciado em Direito, aceitou a bolsa de estudo da Junta de Educação Nacional e partiu para a Bélgica (Bruxelas).
Assim, a primeira obra publicada ("Páscoa Feliz"- 1932), que fora iniciada anos antes, poderá ser lida como a expressão da "asfixia"e do "isolamento" . Esta recriação ficcional, com base num estado psicológico, será retomada, aprofundada e transfigurada nas obras publicadas mais tarde.
Após ter concluído a segunda licenciatura (1933), José Rodrigues Miguéis regressou ao país. Apesar dos esforços para se integrar de novo na sociedade portuguesa, o autor optou por partir, no final do ano de 1935, para o "Novo Mundo". A crónica "Gente da Terceira Classe" relata a experiência da viagem marítima onde contactou com os emigrantes portugueses.
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