PÁSCOA FELIZ - 1932, 1.ª ed.
(Primeira obra publicada)
«(...) Necessariamente obscuro, porque narrada pelo protagonista psicopata, a Páscoa é a história dum esquizofrénico paranóide encerrado em si mesmo, isolado do mundo (mas não alheio a ele), vivendo na sua própria fantasia, como protesto, se o querem, contra a miséria, a humilhação, a hostilidade que, desde cedo, fizeram dele o «Pata-Choca».(...)»

(Notas do autor in «Uma Páscoa Feliz» p.148

UMA AVENTURA INQUIETANTE -
Romance Policial - 1.ª ed., 1959 .
«(...) Revendo este romance, encontro que ele versa, de certo modo ao invés, o tema da Páscoa Feliz, publicada dois anos antes. Se, de um lado, Abílio-Renato se inventa um crime para se isolar da sociedade que o faz sofrer, do outro, o burguês Zacarias cria-se, pela sua meticulosidade, a complicação que o leva a defrontar o problema da liberdade e da responsabilidade social, e até do amor, como consequências lógicas da sua inocência, estrutura e natureza. (...)»

(Notas do autor in «Uma Aventura Inquietante», p. 277).

NIKALAI! NIKALAI! -
Romance - 1.ª ed., 1971
«(...) Aborda-se aqui uma vez mais a questão do Regresso, que corre como um veio ou filão subterrâneo em muito do que tenho escrito e aflora ocasionalmente em algumas das minhas histórias. O personagem d`A Múmia, como os russos do Nikalai!, parece pretender regressar a si próprio, a algum tempo-lugar-modo da sua existência passada, a um sonho ou êxito frustrado. (...) Isso que chamamos Nostalgia - dor-do-lar, saudade ou longing - é apenas anseio de auto-identificação e permanência na infinidade do espaço-tempo, esse mundo subjectivo cujo perpétuo movimento ou devir nos ameaça a cada instante de alienação ou aniquilamento.(...)»

(Notas do autor in «Nikalai! Nikalai!» p.198)

Infância, Juventude e Adolescência
Vivências universitárias e Jornalismo
Partida
Nos Estados Unidos da América
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