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Em 1978, Oliveira fez a terceira versão do Amor de Perdição, Semedo satirizou fenomenal O Rei das Berlengas. Três apresentações em 1979: João Mário Grilo na intimidade com Maria., Monique Rutler e Velhos São os Trapos em contexto sociológico, Teixeira da Fonseca insistindo na comédia com O Diabo Desceu à Vila. Macedo reinventou O Príncipe Com Orelhas de Burro.

Novas década e vitalidade trouxeram Fonseca e Costa com Kilas, o Mau da Fita, L.F. Rocha em Cerromaior de Manuel da Fonseca, Lauro António em Manhã Submersa de Vergílio Ferreira. Em 1981, Oliveira desvendou Camilo, em Francisca; João Botelho relacionou Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro numa Conversa Acabada. Monteiro reflectiu o imaginário em Silvestre, Galvão Teles parodiou A Vida É Bela.?!

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Crónica dos Bons
Malandros (1963)
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Na sequência do 25 de Abril de 1974, o cinema português adquiriu distintos parâmetros - organizado em Unidades de Produção (anexas ao Instituto Português de Cinema/IPC) e em cooperativas (Centro Português de Cinema/CPC, Cinequanon e Cinequipa, entre várias). Em 1980, nasceu a Cinemateca Portuguesa. Personalidades destacadas desde o cinema novo rarearam a actividade, optando pela teoria ou a pedagogia, revelando-se alguns nóveis valores assim formados. Sob o apoio essencial do IPC, surgiram outras empresas de produção, enquanto filmes, realizadores, técnicos e actores eram distinguidos em festivais internacionais - além de Manoel de Oliveira, prestigiando uma arte genuína. Criado em 1971, o IPC teve o seu primeiro Plano de Produção aprovado pouco antes da Revolução de Abril. Ora, abolida a Censura, subverteram-se, também, as alternativas previstas para a nossa cinematografia, através de um organismo oficial, determinando uma preponderância em testemunhos de intervenção. Tal ênfase incidiu sobre a própria ficção, provocando situações paradoxais - quanto à rodagem em 16 ou 35 mm, e aos meios de difusão: circuitos alternativos, emissão televisiva, em detrimento dos mecanismos habituais de estreia. Lentamente, o divórcio agravou-se - entre as estratégias da prática cinematográfica e os estímulos do espectáculo ressurgentes no público.

Em 1982, Reis e Cordeiro sondaram os signos matriciais com Ana, Seixas Santos visou a revolução em Gestos & Fragmentos. Fonseca e Costa exibiu Sem Sombra de Pecado, Oliveira sigilou Visita ou Memórias e Confissões. Mário Zambujal narrou Crónica dos Bons Malandros por Lopes, Grilo emancipou-se com A Estrangeira. Lisboa transpareceu como A Cidade Branca/Dans la Ville Blanche por Alain Tanner.

Um ano depois, crónicas marginais deram Jogo de Mão a Monique Rutler, vincadas em Vidas por Cunha Telles. Em 1984, Vasconcelos logrou sucesso com O Lugar do Morto, Brum do Canto despediu-se com O Crime de Simão Bolandas. Em 1985, Um Adeus Português impôs a sensibilidade de Botelho, confirmando o nosso cinema como uma história de filmes e personalidades.

Assim, Le Soulier de Satin cumulou Oliveira, com o Leão de Ouro no Festival de Veneza; no ano seguinte, explorou O Meu Caso/Mon Cas - enquanto Joaquim de Almeida irrompia como Reporter X de José Nascimento, e Duma Vez Por Todas forjou as expectativas do também estreante Joaquim Leitão. Fonseca e Costa transpôs Balada da Praia dos Cães, segundo José Cardoso Pires.

Singularmente, o potencial duma novíssima geração configurou-se entre o enraizamento e a modernidade, a par com os mais amplos desafios audiovisuais duma comunhão europeia. Em 1987, José Álvaro Morais transpareceu O Bobo, Joaquim Pinto abordou as emoções adolescentes com Uma Pedra no Bolso. Botelho sublimou a ética dickensiana, Tempos Difíceis em estético preto-e-branco.

Quanto aos veteranos, Semedo reincidiu na comédia, sendo  Herman José O Querido Lilás. Macedo ousou o fantástico n’Os Abismos da Meia Noite, Paulo Rocha encenou a política com O Desejado. Em 1988, a mística de Fernando Pessoa explandiu-se pel’A Mensagem de Luís Vidal Lopes, Fonseca e Costa abordou artifícios sociais com A Mulher do Próximo. Em génio e sátira, Oliveira exaltou o filme/ópera por Os Canibais.

De 1989, apenas estreou comercialmente Um Crime de Luxo por Semedo. Reis & Cordeiro sagraram a magia em Rosa de Areia, Pinto fixou Onde Bate o Sol nos riscos da puberdade. Em Cabo Verde, António Faria rodou Os Flagelados do Vento Leste. Em 1990, Teresa Villaverde restaurou emocionantes memórias de infância, n’A Idade Maior. Eduardo Guedes dirigiu Na Pele do Urso/The Bear Skin em co-produção inglesa, Fonseca e Costa questionou desejo/virilidade com Os Cornos de Cronos.

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