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Pela noite, esse Grito alevantou-se «Vocação». |
Régio leu, releu, deixou-se seduzir e admirou Eça de Queirós. Não é certo é mesmo muito duvidoso que tenha chegado a amá-lo, como amou Camilo, o seu Camilo, artista tão diverso do autor de O Primo Basílio, tão mais imperfeito, de certo ponto de vista, mas, segundo Régio, seguramente mais genial, ainda que menos talentoso... Eugénio Lisboa, No Eça Nem com uma Flor se Toca. |
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Quando pela primeira vez li Eça de Queirós, já estava enfronhado em Camilo. A minha primeira reacção foi, pois, de estranheza, antipatia, desagrado. O novo grande romancista português que principiava a conhecer parecia-me frio e distante. A bem dizer, cruel, duma crueldade sem nervo. Acostumado a conversar com o meu Camilo, debalde queria, pois não podia, apaixonar-me contra, ou a favor dos seus personagens. Por sua vez me pareciam estes inacessíveis ou fechados, porque não dizer vazios? Todas estas dificuldades se me avolumavam por não ter eu, então, senão escassa capacidade a reconhecer as grandes virtudes com que o Eça as compensa. José Régio, «Apontamentos sobre Eça de Queirós». |
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Edição de «Obras de Camilo».
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Quando, pois até doce a vida trava, «As duas idades». |
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Eça de Queirós, 1845-1900.
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Necessidade de expressão, expansão, comunicação, me fizera escrever, dos doze para os treze anos, o primeiro caderno de versos; e uns três anos mais tarde, os primeiros capítulos do primeiro romance. Como eram de amor e melancolia, os versinhos chamavam-se... Violetas. José Régio, «Introdução a uma obra». |
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António Nobre, Só.
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José Régio, autógrafo do poema «Legião».
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A Prima doidinha por montes andava, António Nobre, «António». |
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António Nobre, 1867-1900.
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[...] Minha mãe, como já disse, era capaz de destrambelhar se a paixão ou os movimentos do sub-consciente a alteravam. [...] Talvez as forças do obscuro ou nocturno sobre ela não ficassem por aí. [...] Havia lava na sua família. José Régio, Confissão dum Homem Religioso. |
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E rota, pequenina, azafamada Cesário Verde, «Num bairro moderno». |
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Cesário Verde, 1855-1886.
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Livro de Cesário Verde.
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Todos os dias, de manhã, passando José Régio, «Esmolas». |
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José Régio, 16 Poemas dos não incluídos em Colheita da Tarde.
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© Instituto Camões, 2007