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Antero
de Quental
(1842-1891)
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Está ligado à poesia realista e simbolista com as Odes Modernas, 1865, que se integram no programa de modernização da sociedade portuguesa desenvolvido pela Geração de 70, à qual pertence, mas é nos Sonetos Completos, 1886, que o melhor da sua poesia emerge, cruzando o simbolismo de timbre ainda romântico com a poesia de ideias e com a reflexão filosófica, na expressão de conflitos íntimos e sociais que pessoalmente o levarão ao suicídio.
A tristeza do tempo! O espectro mudo
Que pela mão conduz... não sei aonde!
- Quanto pode sorrir, tudo se esconde...
Quanto pode pungir, mostra-se tudo. -Cada pedra, que cai dos muros lassos
Do trémulo castelo do passado,
Deixa um peito partido, arruinado,
E um coração aberto em dois pedaços!
Odes Modernas
© Instituto Camões, 2001