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O prazer de traduzir é um ganho quando, associado à perda do absoluto linguístico, aceita a diferença entre a adequação e a equivalência, a equivalência sem adequação. É aí que reside o seu prazer. Confessando e assumindo a irredutibilidade do próprio e do estrangeiro, o tradutor é recompensado pelo reconhecimento do estatuto intransponível de dialogicidade do acto de traduzir como horizonte racional do desejo de traduzir. A despeito da agonística que dramatiza a tarefa do tradutor, este pode sentir prazer com aquilo a que gostaria de chamar hospitalidade linguística.

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Paul Ricoeur, Sobre a Tradução, tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo, Lisboa, Cotovia, 2005, p. 20.

| Número 9 | Agosto 2006 |
Editorial
Artigo
O processo da tradução da legendagem de produtos audiovisuais
Patrono
S. Jerónimo na Basílica de Mafra
Dicionário
João Navarro
Um Língua Desconhecido do Brasil
Citação
Paul Ricoeur
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