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Dicionário de Tradutores e Intérpretes de Língua Portuguesa |
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| Número 1 | Maio 2002 | Artigo . Nomear o Intérprete - Turgimão - Língua - Jurabaça Dicionário de tradutores e intérpretes de Língua Portuguesa . João Garrido . João Rodrigues de Sá Citação . Susan Bassnett Notícias . Associação de Informação Terminológica - AiT . Revista Discursos - série "Estudos de Tradução" . Lexicografia de Língua Portuguesa . Cimeira Mundial sobre Terminologia Ligações a outros sítios . Algumas ligações úteis Coordenadores Carlos Castilho Pais Margarita Correia Números publicados N.º 1 - Maio 2002 N.º 2 - Fevereiro 2003 N.º 3 - Dezembro 2003 N.º 4 - Maio 2004 N.º 5 - Dezembro 2004 N.º 6 - Abril 2005 N.º 7 - Junho 2005 N.º 8 - Abril 2006 N.º 9 - Agosto 2006 N.º 10 - Novembro 2006 N.º 11 - Abril 2007 |
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João Rodrigues de Sá é um dos poetas incluídos por Garcia de Resende no Cancioneiro Geral (1516). João Rodrigues de Sá surge no Cancioneiro enquanto poeta e enquanto tradutor.
No poema A Dom Pedro dAlmeida, mandando-lhe mostrar a epístola de Dido a Eneas, João Rodrigues de Sá refere expressamente uma das suas traduções. Trata-se de um dos primeiros textos sobre a tradução produzido por autor português. Neste texto, a tradução é comparada à mulher amansada (última estrofe); a modéstia do tradutor também está presente, quando afirma: quam mal ensinei Dido / a falar portugues.
João Rodrigues de Sá terá vivido entre o final do século XV e o início do século XVI. O seu interesse pelos clássicos deverá permitir-nos colocar este tradutor no conjunto dos nossos primeiros Humanistas.
Fonte: Garcia de Resende, Cancioneiro Geral, ed. de Aida Fernanda Dias, Lisboa: INCM, 1990-1993, volume II, pp. 453-454
Eu fico, senhor, corrido,
porque sei que vos rirês
de quam mal ensinei Dido
a falar portugues.
Trabalhei mui bem meu giro,
trabalhei porem em vãao,
porque ela era de Tiro
e bem sabeis dondeu sãao.
Ouvidio nos servia
de turgimão por latim,
o queu menos entendia
do quela entendia a mim.
Disso pouco que souber
vos podereis contentar
e por vós podeis julgar
que nunca vos vi molher
que podesseis amansar.
João Rodrigues de Sá
In Garcia de Resende, Cancioneiro Geral, ed. de Ainda Fernanda Dias, Lisboa: INCM, 1990-1993, volume II, pp. 453-454 |
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