O único documento que conhecemos referente a este intérprete é uma carta régia de D. João III, datada de 30 de Setembro de 1540 e já publicada por Sousa Viterbo. A carta do Rei é dirigida ao feitor e oficiais das casas da Índia e da Mina e parece vir confirmar um estado de facto. Pelo nome, podemos admitir que a ‘formação’ deste intérprete africano ficou a dever-se à sua anterior condição de escravo em terras portuguesas, prática corrente durante o século em que André Dias viveu. Quanto ao resto, teremos que limitar-nos às informações que o documento encerra:

(...) confiando eu de André Dias, homem preto, língua da costa da Malagueta, que no dito cargo de língua me servira bem e fielmente, como a meu serviço cumpre, e querendo-lhe fazer mercê, hei por bem e me apraz que ele sirva de língua da dita costa da Malagueta, e haja com o dito cargo o ordenado que se nas ditas casas costuma de dar aos que servem de línguas.


Fonte: ANTT, Chancelaria de D. João III, Doações, liv. 40, fl. 215, in Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Arabistas e Intérpretes de Línguas Africanas e Orientais, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1906, p. 26. 

para imprimir este texto
| Número 6 | Abril 2005 |
Editorial
Artigo
Joyce em Português Europeu. As funções dos paratextos (...)
Patrono
S. Jerónimo no Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa)
Dicionário
André Dias
Francisco de Lemos
Citação
Fernando Pessoa
Notícias
Novidades editoriais
A Tradução na Universidade Aberta
Ligações a outros sítios
Algumas ligações úteis
Coordenadores
Carlos Castilho Pais
Margarita Correia
Números publicados
N.º 1 - Maio 2002
N.º 2 - Fevereiro 2003
N.º 3 - Dezembro 2003
N.º 4 - Maio 2004
N.º 5 - Dezembro 2004
N.º 6 - Abril 2005
N.º 7 - Junho 2005
N.º 8 - Abril 2006
N.º 9 - Agosto 2006
N.º 10 - Novembro 2006
N.º 11 - Abril 2007
© Instituto Camões, 2005