Adolfo Coelho
Alexandre Herculano
Almeida Garrett
Antero de Quental
António Nobre
Basílio Teles
Eça de Queirós
Gomes Leal
Jaime Batalha Reis
Lopes de Mendonça
Moniz Barreto
Oliveira Martins
Pinheiro Chagas
Rafael Bordalo Pinheiro
Rebello da Silva
Teófilo Braga
Abel Salazar
Adérito Sedas Nunes
Adolfo Casais Monteiro
Agostinho da Silva
Alexandre O'Neill
António Gedeão
Aquilino Ribeiro
Augusto Abelaira
Bento de Jesus Caraça
Bernardo Marques
Borges de Macedo
Carlos Ramos
David Mourão-Ferreira
Eugénio de Andrade
Fernando Gil
Fernando Lopes-Graça
Fernando Pessoa
Fidelino de Figueiredo
Florbela Espanca
Guilhermina Suggia
Helena Vaz da Silva
Hernâni Cidade
Irene Lisboa
Jacinto do Prado Coelho
Jaime Cortesão
João Gaspar Simões
Joaquim de Carvalho
Jorge de Sena
Jorge Peixinho
José Augusto Seabra
José Cardoso Pires
José Gomes Ferreira
José Rodrigues Miguéis
Leonardo Coimbra
Lindley Cintra
Luís Albuquerque
Luís de Freitas Branco
Manuel Antunes
Manuel Viegas Guerreiro
Maria Archer
Maria de Lourdes Belchior
Maria Lamas
Mário Botas
Mário Eloy
Mário Sottomayor Cardia
Miguel Torga
Orlando Ribeiro
Paulo Quintela
Raul Brandão
Raul Proença
Sílvio Lima
Sophia de Mello Breyner Andresen
Teixeira de Pascoaes
Vergílio Ferreira
Viana da Mota
Vieira da Silva
Vieira de Almeida
Vitorino Magalhães Godinho

por Teresa Martins Marques

Escritor português (Lisboa, 24.2.1927 – Lisboa, 16.6.1996): poeta, ficcionista, tradutor, dramaturgo, ensaísta, cronista, crítico literário, conferencista, professor. Licenciou-se em Filologia Românica (1951) com  a tese «Três Coordenadas na Poesia de Sá de Miranda», pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Integrou os corpos redactoriais das revistas Seara Nova e Graal (1956-1957). Teve  a seu cargo a rubrica de crítica de poesia no Diário Popular (1954-1957). A partir desse ano exerceu funções docentes  na Faculdade de Letras como assistente, tendo desenvolvido um excepcional trabalho de organização e regência da recém-criada  cadeira de Teoria da Literatura,  onde desenvolve estudos pioneiros, entre nós,  sobre o new criticism. Em 1963 o seu contrato  foi rescindido, vindo a ser novamente reconduzido  a partir de 1970, leccionando   Literatura Portuguesa e Francesa, tendo-lhe sido concedido, nos últimos anos de vida, o  estatuto de  Professor Catedrático Convidado. O seu magistério marcou sucessivas gerações de estudantes, muitos dos quais se contam hoje entre as mais prestigiadas figuras da universidade portuguesa e do ensaísmo literário. 

Desempenhou as funções de Secretário Geral da Sociedade Portuguesa de Autores (1965-1974), dirigiu o diário A Capital (1974-1975). Exerceu em três governos  o cargo de Secretário de Estado da Cultura (1976-1979), foi vice-presidente da Association Internationale des Critiques Littéraires (1984-1992), presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1984-1986) e do Pen Club Português (1991).  Foi director do Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian (1981-1996), bem como da revista Colóquio-Letras (1984-1996) propriedade da mesma instituição. Sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa (onde sucedeu a Vitorino Nemésio na cadeira nº 23). Sócio-Correspondente da Academia Brasileira de Letras. Membro titular da Académie Européenne de Paris, viria também a ser agraciado com as mais prestigiosas condecorações de Portugal, do Brasil e da França. O nome de David Mourão-Ferreira ficaria também  ligado ao de Amália Rodrigues que interpretou  cerca de duas dezenas dos seus poemas.

Como autor, D.M-F. publica os seus primeiros artigos em 1942, no jornal Gente Moça, orgão dos estudantes do Colégio Moderno. As primeiras poesias  viriam à luz nas prestigiadas páginas da  Seara Nova, em 1945. Todavia, é pelo teatro que o seu nome começa a aparecer com alguma regularidade nos jornais tendo colaborado como autor e actor entre 1948 e 1951, sob a direcção de Gino Saviotti, no Teatro-Estúdio do Salitre, o qual constituiu, sob a bandeira do “essencialismo,” o mais inovador movimento de Teatro Experimental dos Anos Quarenta, vendo aí encenados o poema dramático Isolda  e a comédia Contrabando, respectivamente em 1948 e 1950. Ainda neste ano funda, com António Manuel Couto Viana e Luís de Macedo, as folhas de poesia Távola Redonda, em cujas edições daria à  estampa o seu primeiro livro de poesia – A Secreta Viagem.

D.M.-F. foi um dos mais fecundos teorizadores da Távola Redonda defendendo o equilíbrio, a coerência e a proporção entre os motivos e a técnica, entre os temas e as formas, procurando conciliar os valores da tradição e da modernidade, revalorizando o lirismo, recusando a imediatez da inspiração e o aproveitamento da poesia para fins utilitaristas, demarcando-se do neo-realismo. Este ideário ver-se-ia plasmado na sua futura Obra, a  qual, do ponto de vista técnico, representa a feliz aliança da força criadora e da construção rigorosa, sendo geralmente considerado como detentor da melhor oficina poética da sua geração.

Até à  publicação de Um Amor Feliz, em 1986, D.M.-F.  insistia em dizer  que tinha consciência de que a sua Obra  não teria um vasto público, mas que, em contrapartida, possuía leitores fiéis. Este romance viria  indiscutivelmente  aumentar-lhe o número desses leitores, continuando a ser objecto de sucessivas reedições. No dia seguinte à conclusão do romance, escreve:  “Um Amor Feliz: um cântico de amor e de paixão erótica; uma sátira política a certa nova sociedade portuguesa; um romance do romance em que se vêem acareados o narrador e o autor; um ajuste de contas comigo mesmo.”  Se pensarmos que desde os dezoito anos  deixara de lado sucessivos romances inconclusos, entenderemos que contas seriam aquelas, que assim ajustou.  Artur Ramos realizou a partir deste romance uma série televisiva de quatro episódios, apresentada pela RTP em 1990. Anteriormente, de duas  das quatro narrativas de Gaivotas em Terra tinham sido extraídas duas longas metragens: Fado Corrido (1964) por Jorge Brum do Canto e Sem Sombra de Pecado (1983) por José Fonseca e Costa.

Atentando nas sucessivas reedições da sua poesia, verificaremos que os volumes constituem organismos vivos, coerentes, nos quais os diversos textos se inter-respondem, contando “histórias” diferentes, consoante as  seriações que o autor lhes conferiu, em diversas  edições, nomeadamente nas recolhas poéticas, obedecendo a criteriosas reordenações  poemáticas em círculos (Lira de Bolso, As Lições do Fogo), ou em ciclos (Sonetos do Cativo), jogando com a simbologia dos números quatro, sete e nove, de clara reminiscência pitagórica, cabalística ou dantesca.  O ritmo, a musicalidade, a mestria das rimas assonantes, o superior domínio da metáfora e da aliteração, coadjuvadas pela antítese, ou mesmo pelo paradoxismo conferem uma personalidade singular à poesia davidiana, de perfeito recorte clássico, obedecendo, todavia,  a princípios sui generis nomeadamente ao nível da metrificação, fazendo de D.M.-F. porventura, o mais clássico dos nossos poetas modernos.

A obra davidiana edifica-se sobre um complexo sistema de vasos comunicantes, orquestrados  pela  memória interna da obra,  em contraponto de harmonizações sinfónicas ou diafónicas. Com efeito, os elementos itinerantes constituem um dos aspectos  mais interessantes  da implícita ou explícita rede comunicante,  como é,  nomeadamente, o caso das obras poética e ficcional  Os Quatro Cantos do TempoAs Quatro Estações,  ou do  poema intitulado «Romance das Mulheres de Lisboa no Regresso das Praias», cujo primeiro verso  — “Em terra, tantas gaivotas!” — inverte e subverte o título do seu  primeiro volume de ficção narrativa, considerado como de novelas, mas que resultou de  um trabalho de reconstrução de um anterior romance, razão por que certas personagens transitam de umas narrativas para as outras, em completa subversão da linearidade temporal do primitivo texto.

O onirismo d’ Os Amantes e Outros Contos encontra-se inscrito em embrião n’ A Recordação de Panflakaio :  “Sonho que sonho  o que sonho” é um verso da poesia  “Argumento”, inserta em Os Ramos  Os Remos, a qual traduz precisamente a situação onírica que sustenta a arquitectura do conto Os Amantes. Conquanto seja o erotismo o filão mais reconhecido na Obra de D.M.-F., esta está longe de se reduzir àquela  temática. Outras linhas se entrecruzam na memória, na meditação sobre a morte, no culto dos lugares,  não apenas como sagradas relíquias do tempo, mas ainda como espaços de reflexão do sujeito, em processo de perda.

Parafraseando um conhecido poema, de Matura Idade — “E por Vezes”—(justamente seleccionado como símbolo davidiano para a antologia Rosa do Mundo-2001 Poemas para o Futuro),  a angústia torna-se  obsidiante  imagem de fundo, que traz para o primeiro plano um sujeito que se vê através do olhar feminino e que, por vezes, se encontra e que, por vezes, se perde. Tântalo que não sacia a sede  — destino que um deus lhe segredou.  Fulguração do instante, revolta pelo fogo que se extingue, que não dura, mas que resiste, sendo apenas o que resta do desejo de eternidade. Na poesia davidiana o sujeito não ama porque existe, mas para que exista. E existe para  sentir, por vezes, o prazer de se dissolver e ciclicamente renascer. As formas de diluição no mar – água primordial, por vezes metáfora da mãe  e  memória do tempo antes do tempo, ou as formas de diluição em terra — evasão, viagem, mudança — serão ainda uma outra forma de perdição e renascimento de quem se procura procurando,  por vezes ganhando e, por vezes, perdendo  ao jogo da vida. Condição trágica de quem ironicamente fica preso à busca da liberdade, como um Ícaro condenado aos trabalhos de Sísifo: ”há-de tudo prender-se aereamente solto”, lemos na “Ars Poetica”, inserta em  Do Tempo ao CoraçãoOs Ramos Os Remos inscrevem,  a partir do título, a fixidez e a flutuação.  Ramos da árvore que  prende, remos do barco que deriva.

De uma outra forma, mais directa,  de acordo com o registo escolhido, o sujeito assumirá a condição de errância na autobiografia fragmentária acoplada a um livro de aforismos sobre a sedução que muito oportunamente intitulou Jogo de Espelhos: “Sente-se, desde sempre, mais estável no movente que no fixo”. (fragmento II). D.M.-F deixa em “Testamento” a fuidez do verbo, a instabilidade do sentido, o calor da lava e o frio da cinza. O nada transmutado em tudo, o nada retomando a cor do infinito na «Ladainha dos Póstumos Natais». 

Como ensaísta, cronista  e crítico literário, deixou-nos ainda dezassete clarividentes volumes, entre os quais o intitulado Discurso Directo que David classificava como um indirecto auto-retrato e por isso considerava o mais  indicado para quem quisesse principiar a conhecê-lo, para além da obra de divulgação e tradução intitulada Imagens da Poesia Europeia, elaborada a partir de um programa homónimo que, como outros de sua autoria, intitulados Miradouro, Momento Literário, Música e Poesia, Hospital das Letras, lhe grangearam grande popularidade na Rádio e na Televisão. As recém publicadas Vozes da Poesia Europeia I, II, III,  compilam a maior parte do seu trabalho como excepcional tradutor, sendo que cada texto traduzido se metamorfoseia  de forma original num autêntico poema de D. M. –F.

A comunidade literária soube reconhecer o seu valor atribuindo-lhe onze prémios literários: três de Poesia, dois de Conto e Novela, quatro de Romance, um de Teatro e ainda um outro de Ensaio. As obras de D.M.-F. encontram-se traduzidas nas principais Línguas Europeias.


Bibliografia  de D.M.-F:

Poesia

Rumos (antologia de contos e poemas, em co-autoria), Lisboa, Edição dos Autores (1946);

A Secreta Viagem, Lisboa, Edições Távola Redonda (1950); Tempestade de Verão, Lisboa, Guimarães Editores (1954);

Os Quatro Cantos do Tempo, Rio de Janeiro, Livros de Portugal (1958);

Infinito Pessoal, Lisboa, Guimarães Editores (1962);

In Memoriam Memoriae, Lisboa, Edições Minotauro (1962);Do Tempo ao Coração, Lisboa, Guimarães Editores (1966);

A Arte de Amar (antologia) Lisboa, Guimarães Editores (1967); Lira de Bolso (antologia) Lisboa, Edições Dom Quixote (1969); Cancioneiro de Natal, Lisboa, Editorial Verbo (1971);

Matura Idade, Lisboa, Editora Arcádia (1973);

Sonetos do Cativo (antologia) Lisboa, Editora Arcádia (1974);

As Lições do Fogo (antologia) Lisboa, Publicações Dom Quixote (1976);

Entre a Sombra e o Corpo, Lisboa, Moraes Editores (1980);

Ode à Música, Imprensa Nacional - Casa da Moeda (1980);

Obra Poética (antologia -2vols) Lisboa, Livraria Bertrand (1980); Órfico Ofício, in 2º vol. da antologia Obra Poética  — Lisboa, Livraria Bertrand (1980);

À Guitarra e à Viola, in 1º vol. da antologia Obra Poética, Lisboa, Livraria Bertrand (1980);

Antologia Poética, Lisboa, Publicações Dom Quixote (1983);

Os Ramos Os Remos, Porto, Areal Editores (1985);

O Corpo Iluminado, Lisboa, Editorial Presença (1987);

As Pedras Contadas (antologia) Porto, Árvore, colecção Moinho de Vento (1987);

Obra Poética 1948-1988, Lisboa (1988);

No Veio do Cristal in Obra Poética 1948-1988 — Lisboa (1988); Lisboa Luzes e Sombras, Edição do Metropolitano de Lisboa (1992);

A Arte de Amar (antologia) Lisboa, Círculo de Leitores (1992);

Música de Cama (antologia) Lisboa, Editorial Presença (1994); Rime Petrose, in Colóquio-Letras, nºs 135/136, Lisboa, Janeiro-Junho (1995).

Conto e Novela

Gaivotas em Terra, Lisboa, Editora Ulisseia (s/d) [1959];

 Os Amantes, Lisboa, Guimarães Editores (1968);

Os Amantes e Outros Contos, Lisboa, Livraria Bertrand (1974); Maria Antónia e Outras Mulheres (antologia de contos escolhidos) Lisboa, Círculo de Leitores (1978);

 As Quatro Estações, Lisboa, Galeria São Mamede (1980);

Duas Histórias de Lisboa, Lisboa, Editorial Labirinto (1987); Maria da Luz e Outras Esfinges, (antologia) Lisboa, Círculo de Leitores (1992);

A Recordação de Panflakaio (conto) Publicação póstuma e intr. de TMM in Infinito PessoalColóquio-Letras n° 145/146, Julho-Dezembro de 1997.

Romance

Um Amor Feliz, Lisboa, Editorial Presença (1986)

Teatro

Contrabando, in Graal, nº2, Junho-Julho (1956);

O Irmão, Lisboa, Guimarães Editores (1965).

Ensaio, Crítica, Crónica

Vinte Poetas Contemporâneos, Lisboa, Ática (1960);

Aspectos da Obra de Manuel Teixeira-Gomes, Lisboa, Portugália Ed. (1961);

Motim Literário, Lisboa, Editorial Verbo (1962);

Hospital das Letras, Lisboa, Guimarães Editores (1966);

Discurso Directo, Lisboa, Guimarães Editores (1969);

Tópicos de Crítica e de História Literária, Lisboa, União Gráfica (1969);

Sobre Viventes, Lisboa, Dom Quixote (1976;

Presença da «Presença» Porto, Brasília Ed. (1977);

Lâmpadas no Escuro, Lisboa, Ed. Arcádia (1979);

O Essencial Sobre Vitorino Nemésio, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1987);

Nos Passos de Pessoa, Lisboa, Editorial Presença (1988); Marguerite Yourcenar: Retrato de Uma Voz, Lisboa, Edições Rolim (1988);

Os Ócios do Ofício, Lisboa, Guimarães Editores (1989);

Sob o Mesmo Tecto, Lisboa, Editorial Presença (1989);

Tópicos Recuperados, Lisboa, Editorial Caminho (1992);

Terraço Aberto (antologia) Lisboa, Círculo de Leitores (1992); Elogio Académico de Vitorino Nemésio, Academia das Ciências de Lisboa (1992);

Evocação de Sebastião da Gama, Lisboa, Edições Ática (s/d)[1993];

Magia Palavra Corpo Lisboa, Edições Cotovia (1993);

Em Movimento, Edição do Metropolitano de Lisboa (1995).

Divulgação e Tradução de Poesia

Imagens da Poesia Europeia — Vol. I (Grécia, Roma, Os Séculos Obscuros)- Lisboa, Realizações Artis (1972);

Vozes da Poesia Europeia I (Colóquio-Letras, nº163- Janeiro-Abril de 2003);

Vozes da Poesia Europeia II (Colóquio-Letras, nº164- Maio-Agosto de 2003); Vozes da Poesia Europeia III (Colóquio-Letras, nº165-Setembro- Dezembro de 2003).

Vária

Jogo de Espelhos – Reflexos para um Auto-Retrato, Lisboa, Editorial Presença (1993).

 

Bibliografia Selectiva sobre a Obra de David Mourão-Ferreira:

A.A.V.V. Infinito Pessoal - Homenagem a David Mourão-Ferreira. Colóquio- Letras. N° 145/146, Julho-Dezembro  1997;

A.A.VV. Letras, Sinais.  Edições Cosmos, 1999.

BOLETIM DO SERVIÇO DE BIBLIOTECAS E APOIO À LEITURA. David Mourão-Ferreira. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Dezembro 1996.

BRITO, Marília Regina da Silva, O Amor em David Mourão-Ferreira: Da Vida à Poesia. Porto, Edições Universidade Fernando Pessoa, 2002.

COELHO, Eduardo Prado. «David Mourão-Ferreira: Mar, Palavra e Memória/ Leitura de Os Amantes/ Escreviver»,  in O Reino Flutuante, Edições 70, Lisboa, s.d. [1972], 263-289.

GARCIA, José Martins. David Mourão-Ferreira - a Obra e o Homem. Lisboa Editora Arcádia, 1980.

________ David Mourão-Ferreira – Narrador. Lisboa, Vega, s.d. [1988].

GASTÃO, Ana Marques. «Um Outro David».Diário de Notícias (16 de Junho de 2003), 40.

LEPECKI, Maria Lúcia «Uma das Vozes Cimeiras da Lírica Portuguesa»,  Diário de Notícias ( 4/6/89).

________ «Uma Perfeita Harmonia na Disciplina da Escrita»,  Diário de Notícias (11/6/89).

LIMA, Isabel Pires de. «Desafiando Pedras—O Poeta e o Pintor. Colóquio-Letras. Nº101.Janeiro-Fevereiro de 1988.

LISBOA, Eugénio. «Uma Claridade de Sombras e de Luzes: A Obra Poética de David Mourão-Ferreira» in As Vinte e Cinco Notas do Texto, Lisboa, INCM, 1987.

MALHEIRO, Helena. L'Art de la Nouvelle dans «Os Amantes» de David Mourão-Ferreíra Arquivos do Centro Cultural Português. Paris, Fundação Calouste Gulbenkian, 1980.

MARQUES, Teresa Martins. «David Mourão-Ferreira – Microleituras da Reescrita Poética», Colóquio-Letras.  Nº 140/141  Abril / Setembro  1996, 253 – 258.

________ « O Primeiro Projecto de Romance de David Mourão-Ferreira: Há Dezenas de caminhos…” (introdução e notas)   in Mealibra, nº 14, Verão de 2004. pp.9-13.

MARTINHO, Fernando J.B. Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50. Lisboa, Edições Colibri, 1996.

MORÃO, Paula. «David Mourão-Ferreira - O desenho do tempo»; David Mourão-Ferreira - Um Natal- no tempo com o coração»; «Sob o mesmo Tecto» in Viagens na Terra das Palavras. Lisboa, Edições Cosmos, 1993.

MOURA, Vasco Graça. David Mourão-Ferreira ou a Mestria de Eros. Porto, Brasília  Editora, 1978.

REIS, Carlos. «Poesia e Poética»,  JL (5/6/96), 7.

RODRIGUES, Urbano Tavares, «A Novelística Portuguesa e David Mourão-Ferreira» (Diário de Lisboa, 28/3/1957).

SEIXO, Maria Alzira. «Uma Poética dos Sentidos» JL, (24/11/86).


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