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O ambiente de pessimismo finissecular, a consciência da decadência do presente, a necessidade do exercício de uma pedagogia cívica activa e moralizadora, determinam o envolvimento de Cortesão em projectos de intervenção cívica, educativa e cultural: a Renascença Portuguesa (1912) e, em moldes diferentes e noutro contexto, a Seara Nova (1921), com Raul Proença e Câmara Reis, entre outros. No primeiro deles, o «profeta dessa ideia» procurava, em conjunto com uma plêiade de intelectuais e artistas, despertar a vontade adormecida ou paralisada pelo cepticismo e por sentimentos decadentistas, num esforço colectivo que pudesse dar à revolução republicana um «conteúdo renovador e fecundo», possibilitasse a revivescência da Pátria e a revelação do carácter nacional. No seio deste projecto, que fez dA Águia o seu órgão (dando-lhe «uma feição orientadora, educativa e crítica»), manifestavam-se as divergências e a comunhão com António Sérgio e Raul Proença que recusavam a filiação exclusiva do movimento no Saudosismo, como pretendia Teixeira de Pascoaes. A intransigência deste último determinou o afastamento de ambos do movimento. Cortesão adopta uma atitude conciliadora, para que as posições dos representantes de uma «ala de renascentes» Proença e Sérgio não inviabilizassem a concretização do ideal supremo de congregação e consensualização de vontades, com vista à renovação cultural e moral da nação. Ainda que filiando-se no «saudosismo prospectivo» de Pascoaes, Cortesão define-se como «poeta da acção» e procura dinamizar no movimento projectos pedagógicos, numa acção idealista, voluntarista, altruísta e educativa, fundando as Universidades Populares e a revista A Vida Portuguesa (1912-1915), da qual foi director e onde mantém uma acesa polémica com António Sérgio, vislumbrando o que os separava em relação à ideia de história e à própria função da Renascença. A Seara Nova, embora considerada por Cortesão como «a renascença da Renascença», pressupunha uma orientação muito mais interveniente na vida política, alicerçada na consciência da crise moral vigente. Propunha-se «renovar a mentalidade da elite portuguesa», capaz de auxiliar na formação de «uma opinião pública consciente, clamorosa, insofismavelmente imperativa»; promover o desenvolvimento de um vasto e completo plano de reformas da sociedade e das mentalidades que, para Cortesão, deveriam concomitantemente partir da resolução de dois problemas básicos: o educativo e o económico, apresentando como solução imediata a formação de um governo de competências nessas áreas fundamentais. Nos anos da Seara Nova o valor do estudo do heróico passado nacional mantém-se, mas surge vinculado à disciplina interior e crítica, à reflexão e introspecção, activando a inata capacidade do homem para ascender à perfeição, de herança iluminista, como concretiza nas Cartas à Mocidade (1921-1940). Já não considera, como nos tempos da Renascença (então em confronto com Sérgio), que o estrangeirismo fosse causa da decadência, capaz de desvirtuar a identidade portuguesa. Privilegia agora a urgência de educar «para e pelo trabalho» e, ainda, a necessidade da reforma da educação considerar a assimilação de ideias do exterior, para que Portugal reintegrasse a «elite da Humanidade, à qual durante os séculos XV e XVI pertenceu».
O pensamento político de Jaime Cortesão parte da simpatia pelas ideias anarquistas, libertárias e altruístas, tal como eram defendidas por outros académicos e publicistas, e que se vislumbra pela colaboração em revistas como a Nova Silva (1907) e A Vida (1909), pela dinamização do grupo dos Amigos do ABC e pela participação activa no movimento académico de forte contestação às práticas de ensino vigentes, despoletado em Coimbra em 1907. Defensor incondicional do republicanismo democrático, do igualitarismo reformista e idealista, em que a missão das elites surge continuamente afirmada, Cortesão, que ingressou na Maçonaria em 1911, participou activamente na propaganda republicana e, uma vez consumada a mudança política, empenhou-se na efectiva democratização do regime e das consciências. Este combate fez-se no seio dos movimentos e projectos de acção cívica e educativa mas não excluiu a intervenção política directa: no movimento revolucionário de 14 de Maio de 1915; na propaganda intervencionista [dirigindo o diário democrático O Norte (1914-15), redigindo A Cartilha do Povo (1916) e participando na I Grande Guerra, como capitão-médico voluntário (Memórias da Grande Guerra, 1919)]; na eleição como deputado pelo Partido Democrático de Afonso Costa, em 1915, do qual se afasta, em 1917, propondo a formação de um governo nacional com representação de todas as forças políticas (mais tarde, na Seara Nova, sugere a formação de um governo de competências e, em conjunto com outros seareiros, o recurso a uma «governação excepcional», de carácter transitório e reformador); na luta contra o Sidonismo e as sublevações monárquicas (Escalada de Monsanto 1919).
Embora no final da Grande Guerra adopte um posicionamento apartidário, próximo de Sérgio e Proença, nunca deixou de assumir uma postura crítica, de vigilância e exigência, face ao poder político, como se pode entrever pelos artigos que publica na Seara Nova, pela sua intervenção no Grupo de Propaganda e Acção Republicana (1922) e na União Cívica (1923). A actividade política, tendo com esteio fundamental a imperiosa e indelével revolução cultural, moral e espiritual, na linha de Antero (veja-se o seu drama Adão e Eva e a polémica com Rodrigues Miguéis, nos inícios dos anos 30, em conjunto com Proença e Sérgio), prossegue com a participação activa na tentativa revolucionária de Fevereiro de 1927, que lhe valeu a demissão do cargo de director da Biblioteca Nacional, que exercia desde 1919 em estreita colaboração com Raul Proença, e a partida forçada para o exílio.
Em França e em Espanha até 1940 (ano em que regressa a Portugal, tendo sido preso em Peniche e no Aljube), e depois no Brasil até 1957, Cortesão empenha-se em dois combates, nunca relegando a responsabilidade cívica, moral e intelectual: 1º a luta pelo restabelecimento da democracia em Portugal, lutando veementemente contra a Ditadura Militar e o Estado Novo [assim foi em França, com a activa participação na Liga de Paris, 1927-1930; em Espanha, a partir de 1931, com a dinamização do grupo de emigrados republicanos oposicionistas Grupo dos Budas; e no Brasil com outras figuras da oposição democrática: Jaime de Morais, Moura Pinto e Sarmento Pimentel]; 2º a prossecução da investigação e produção histórica, que já havia iniciado em Portugal, publicando estudos autónomos, colaborando em diversas publicações periódicas e em importantes empreendimentos colectivos (História do Regime Republicano em Portugal, 1929; História de Portugal, 1931-1934; História da Expansão Portuguesa no Mundo, 1940). A liberdade de acção e as afinidades históricas, culturais e linguísticas com o Brasil, permitem-lhe, a par da actividade conspirativa e oposicionista, um aprofundamento e alargamento dos estudos relacionados com a história da expansão portuguesa, com destaque para o Brasil colonial. O interesse pela história, que se radica nos inícios da sua vida pública, corresponde a uma exigência cívica, alicerçada na ideia de história enquanto lição de moral, mestra da vida (Cícero), adquirindo um propósito moralizante e pragmático; enquanto arte (Oliveira Martins e Fidelino Figueiredo), procurando e realizando «a verdade por meio da imaginação construtiva»; e, ainda, enquanto «escola de formação moral», capaz de, pelos exemplos cívicos e morais a vulgarizar, «extrair do passado as premissas do futuro, transformando-as numa regra de vida». Na escrita da história, sobretudo a partir do final da segunda década do século XX, revela-se um progressivo esforço reflexivo de interrogação e crítica, encarando a história como uma exigência de pesquisa fundamentada, que supera (embora não anule) o universo de divulgação com intencionalidade doutrinária e pragmática. A vinculação inicial à teoria do romantismo heróico de Carlyle, que mais tarde reformulará, bem como o recurso ao lendário, a necessidade de regeneração pela educação, a partir de uma «ensimesmação na história», no heróico passado nacional, conferindo ao ensino uma orientação nacionalizadora, percorrem a obra do pedagogo e do historiador, sem que comprometa a sua fidelidade à verdade e ao rigor em história, a sua «irrepreensível seriedade intelectual» (Jacinto Batista). Da sua vasta produção histórica, com enfoque nos Descobrimentos Portugueses, cuja fase mais produtiva ocorre no exílio, destacam-se como contributos inovadores: a abrangência de uma diversidade de factores no estudo da formação de Portugal e no início da expansão; a abordagem pluridisciplinar dos fenómenos históricos; a síntese crítica e a visão de conjunto que apresentou da expansão e da colonização portuguesas; as teses que formulou e as hipóteses que levantou, retomando alguns dos tópicos mais polémicos da historiografia portuguesa oitocentista sobre os Descobrimentos, permitindo o relançamento do debate e por ele a contestação, mas também a reformulação, ampliação e renovação dos estudos históricos sobre este período.
No Brasil colabora em diversos periódicos, realiza inúmeras conferências, rege cursos em algumas universidades brasileiras e é encarregue da organização da Exposição Histórica comemorativa do IV Centenário da cidade de São Paulo (1954). Aquando do seu regresso definitivo a Portugal, em 1957, prossegue o combate cívico pelo restabelecimento da legalidade democrática, colabora no Directório Democrático-Social, tendo o seu nome sido indigitado para candidato da oposição à Presidência da República, convite que declinou (como antes havia recusado assumir outros cargos políticos, num curioso jogo de sugestão mútua com António Sérgio), envolve-se na campanha de Humberto Delgado, é preso pela última vez em 1958 (com António Sérgio, Vieira de Almeida e Azevedo Gomes), ano em que foi eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
A exigência de cultivar e elevar o sentimento patriótico e a necessidade de alimentar a memória histórica e a consciência nacional percorrem o espírito de Cortesão, fundamentam o seu discurso pedagógico e moral e constituem uma exigência cívica. A coerência do seu percurso é marcada pela constante incorporação destes sentimentos e ideias. O que o singulariza? É a forma como a consciência histórica, o conhecimento do passado, determinou a sua conduta cívica e a forma como se integrou na sociedade do seu tempo.
O que permanece, ao longo da sua vivência pública, é uma exigência e um ideal de cidadania activa e imperativamente interveniente que o levaram a «militar e participar da luta em todos os campos, não excluindo o político». Esta consciência moral e histórica revê-se na prática de uma pedagogia cívica, imbuída de um imperativo ético e de exigência moral e altruísta, empenhada na formação moral e cívica dos cidadãos, como condição essencial da revitalização da identidade nacional e da democratização efectiva do regime republicano.
1. Bibliografia Activa (de indispensável consulta os inventários de Neves Águas)
A Morte da Águia, Lisboa, 1910.
A Arte e a Medicina. Antero de Quental e Sousa Martins, Coimbra, 1910.
«O Poeta Teixeira de Pascoaes», A Águia, 1ª série, Porto, nº8, 1/IV/1911; nº9, 1/V/1911.
«A Renascença Portuguesa e o ensino da História Pátria», A Águia, 1ª série, nº9, Porto, Set. 1912.
«Da “Renascença Portuguesa” e seus intuitos», A Águia, 2ª série, nº10, Porto, Out. 1912.
«As Universidades Populares», artigos publicados em A Vida Portuguesa, Porto, 1912-1914.
...Daquém e Dalém Morte [Contos], Porto, 1913.
Glória Humilde [Poesia], Porto, 1914.
Cancioneiro Popular. Antologia, Porto, 1914.
Cantigas do Povo para as Escolas, Porto, 1914.
«O parasitismo e o anti-historismo. Carta a António Sérgio», A Vida Portuguesa, nº18, Porto, 2/X/1914.
«Teatro de Guerra», artigos publicados em O Norte, Porto, 1914.
O Infante de Sagres [drama], Porto, 1916.
Cartilha do Povo. 1º Encontro. Portugal e a Guerra, Porto, 1916.
«As afirmações da consciência nacional», artigos publicados em Atlântida, Lisboa, 1916.
Egas Moniz [drama], Porto, 1918.
Memórias da Grande Guerra (1916-1919), Porto, 1919.
«A Crise Nacional», Seara Nova, nº2, Lisboa, 5/XI/1921.
Adão e Eva [drama], Lisboa, 1921.
A Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil, Lisboa, 1922.
Itália Azul, Rio de Janeiro/Porto, 1922.
O Teatro e a Educação Popular, Lisboa, 1922.
Divina Voluptuosidade [poesia], Lisboa, 1923.
«Intuitos da União Cívica», União Cívica. Conferências de Propaganda, Porto, 1923.
«A Reforma da Educação», Seara Nova, nº25, Lisboa, Jul. 1923.
Do sigilo nacional sobre os Descobrimentos, Lisboa, 1924.
A Tomada e Ocupação de Ceuta, Lisboa, 1925.
Le Traité de Tordesillas et la Découvert de L’Amérique, Lisboa, 1926.
A Expansão dos Portugueses na História da Civilização, Lisboa, 1983 (1ª ed., 1930).
Os Factores Democráticos na Formação de Portugal, Lisboa, 1964 (1ª ed., 1930).
História da expansão portuguesa, Lisboa, 1993 [colaboração na História de Portugal dirigida por Damião Peres, 1931-1934].
Influência dos Descobrimentos Portugueses na História da Civilização, Lisboa, 1993 [colaboração no vol. IV da História de Portugal dirigida por Damião Peres, 1932].
Cartas à Mocidade, Lisboa, Seara Nova, 1940.
Missa da Meia-noite e Outros Poemas, [sob o pseudónimo de António Froes], Lisboa, 1940.
13 Cartas do cativeiro e do exílio (1940), Lisboa, 1987.
«Relações entre a Geografia e a História do Brasil» e «Expansão territorial e povoamento do Brasil», História da Expansão Portuguesa no Mundo, dirigida por António Baião, Hernâni Cidade e Manuel Múrias, vol. III, Lisboa, 1940.
O carácter lusitano do descobrimento do Brasil, Lisboa, 1941.
Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses A Geografia e a Economia da Restauração, Lisboa, 1940.
O que o povo canta em Portugal. Trovas, Romances, Orações e Selecção Musical, Rio de Janeiro, 1942.
Cabral e as Origens do Brasil, Rio de Janeiro, 1944.
Os Descobrimentos pré-colombinos dos Portugueses, Lisboa, 1997 (1ª ed., 1947).
Eça de Queiroz e a Questão Social, Lisboa, 1949.
Os Portugueses no Descobrimento dos Estados Unidos, Lisboa, 1949.
Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid, Lisboa, 1950.
Parábola Franciscana [poesia], Lisboa, 1953.
O Sentido da Cultura em Portugal no século XIV, Lisboa, 1956.
Raposo Tavares e a Formação Territorial do Brasil, Rio de Janeiro, 1958.
A Política de Sigilo nos Descobrimentos nos Tempos do Infante D. Henrique e de D. João II, Lisboa, 1960.
«Prefácio a modo de memórias», O Infante de Sagres, 4ª ed., Porto, 1960.
Os Descobrimentos Portugueses, 2 vols., Lisboa, 1960-62.
Introdução à História das Bandeiras, 2 vols., Lisboa, 1964.
O Humanismo Universalista dos Portugueses, Lisboa, 1965.
História do Brasil nos Velhos Mapas, Rio de Janeiro, 1965-1971.
Portugal A Terra e o Homem, Lisboa, 1966.
(Veja-se ainda a publicação das Obras Completas de Jaime Cortesão: entre 1964 e 1984, pelas editoras Portugália e Livros Horizonte, contando com mais de três dezenas de volumes; desde 1990, e ainda em publicação, pela Imprensa Nacional Casa da Moeda)
2. Bibliografia Passiva
Neves ÁGUAS, Bibliografia de Jaime Cortesão, contribuição para um inventário completo, Lisboa, imp.1962 [revisto e aumentado em Bibliografia de Jaime Cortesão, Lisboa, 1985]
Id., «Bibliografia sobre a vida e a personalidade de Jaime Cortesão», Revista da Biblioteca Nacional, série 2, vol.1, Lisboa, Jan./Dez. 1986.
Id., «Novos subsídios para a bibliografia de Jaime Cortesão», Revista da Biblioteca Nacional, série 2, vol.2, nº 2, Lisboa, Jul./Dez. 1986.
Jacinto BAPTISTA, Jaime Cortesão/Raul Proença: Idealistas no mundo real, Lisboa, 1990.
Id. «Jaime Cortesão, príncipe (republicano) da sonhada Renascença», João Medina (dir. de) História de Portugal dos tempos pré-históricos aos nossos dias, vol. XI, Alfragide, 1993.
Cadernos das Revista de História Económica e Social, números 6-7: Cidadania e história em homenagem a Jaime Cortesão, Lisboa, 1985 [colaboração diversa].
José Manuel GARCIA, O essencial sobre Jaime Cortesão, Lisboa, 1987.
Vitorino Magalhães GODINHO, «Presença de Jaime Cortesão na Historiografia Portuguesa», Jaime Cortesão, Os Factores Democráticos na Formação de Portugal, Lisboa, 1964.
Homenagem a Jaime Cortesão, separata da revista Ocidente, vol. LXI, Lisboa, 1961 [colaboração de diversa].
Jaime Cortesão/Raul Proença. Catálogo da exposição comemorativa do primeiro centenário (1884-1984), Lisboa, 1985.
Óscar LOPES, Jaime Cortesão, Lisboa, s.d. [1962].
Nova Renascença, vol. 5, nº17, Porto, Jan./Mar. 1985 [nº de homenagem a Cortesão com estudos diversos].
Prelo, n.º especial em homenagem a Jaime Cortesão, Lisboa, Dez.1984 [artigos diversos].
República, números de homenagem a Jaime Cortesão, na secção República das Letras, Lisboa, 11 e 18/VI/1960.
República, artigos diversos de homenagem a Jaime Cortesão aquando do seu falecimento, Lisboa, 15 a 30/VIII/1960.
Revista da Biblioteca Nacional, série 2, vol. 1, Lisboa, Jan./Dez 1986 [artigos diversos].
Alfredo Ribeiro dos SANTOS, Jaime de Cortesão. Um dos grandes de Portugal, Porto, 1993.
Ricardo SARAIVA [David Ferreira], Jaime Cortesão. Subsídios para a sua biografia, Lisboa, 1953.
Seara Nova, número de homenagem a Jaime Cortesão (nº1266-69), Lisboa, 27/12/1952.
António José da SILVA, Naturalismo e Religiosidade em Jaime Cortesão, Lisboa, 2000.
Elisa Neves TRAVESSA, «Pedagogia Cívica em Jaime Cortesão», CLIO Revista do Centro de História da Universidade de Lisboa, Nova Série, nº8, 1º semestre de 2003.
Id., Jaime Cortesão. Política, História e Cidadania (1884-1940), Lisboa, 2004.