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"Homenagem a Magritte" (1984) de José de Guimarães

Etiqueta polémica que se apõe a vária da produção literária contemporânea, vulgarizada pelas controvérsias filosóficas (Lyotard/Habermas), mas do ponto de vista literário seriamente encarada por grupos e autores americanos e canonizada por inúmeros trabalhos científicos e teses em universidades dos EUA e da Europa do Norte.

Em Portugal, o seu funcionamento na literatura é não só temido mas ainda denegado e recalcado, o que se compreende em função da tardia democratização da nossa sociedade e das longas lutas dos escritores pela obtenção de condições que permitissem o exercício livre de uma modernidade almejada.

De qualquer modo, a indiferenciação de modalidades narrativas, o gosto da reescrita e da paródia, a sedução pela alteração e correcção dos acontecimentos do passado, o gosto do fantástico, a recusa das axiologias e a tendência para o aleatório podem entrever-se em textos tão diversos quanto Finisterra, de Carlos de Oliveira, Alexandra Alpha, de José Cardoso Pires, Paixão do Conde de Fróis, de Mário de Carvalho, História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, Contos do Mal Errante, de Maria Gabriela Llansol, Os Guarda-Chuvas Cintilantes, de Teolinda Gersão ou Olhos Verdes, de Luísa Costa Gomes.

 



© Instituto Camões, 2001